Presidente Arthur Lira oficializou um colegiado, formado por 20 integrantes, para formular uma nova proposta de projeto de lei das Fake News -  (crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Presidente Arthur Lira oficializou um colegiado, formado por 20 integrantes, para formular uma nova proposta de projeto de lei das Fake News

crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), oficializou nesta quarta-feira (5/6) a criação do grupo de trabalho que vai formular uma nova proposta do projeto de lei das Fake News, quase dois meses após ele ter sido anunciado pelo próprio parlamentar.

 

O colegiado é formado por 20 integrantes e terá o prazo de 90 dias para concluir seus trabalhos, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

 

 

O relator do projeto na Câmara, deputado Orlando Silva (PC do B-SP), fará parte do grupo. Além dele, também participarão o presidente da bancada evangélica, Eli Borges (PL-TO), os líderes partidários Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Afonsto Motta (PDT-RS) e Erika Hilton (PSOL-SP), e o secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto (PT-SP).

 

Dos 20 parlamentares, há representantes dos seguintes partidos: PP, PL, Podemos, PT, MDB, Republicanos, PDT, PSD, Solidariedade, PSB, União Brasil, Novo, PRD e PSOL (veja a lista abaixo).

 

A ideia de retomar as discussões sobre o PL, que está travado na Casa há quase um ano sem consenso, ocorreu na esteira do embate entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), em abril.

 

No dia 9 de abril, Lira anunciou a criação do grupo. "O projeto não teria como ir à pauta. Nós estamos formando hoje um grupo de trabalho composto por parlamentares de partidos que queiram fazer parte da confecção desse tema (...) para ver se a gente consegue, no curto espaço de tempo, fazer uma construção de um texto que tenha oportunidade de vir ao plenário e ser aprovado sem as disputas políticas e ideológicas que estão em torno do [PL] 2630. Ele estava fadado, não ia a canto algum", disse Lira à imprensa naquele dia.

 

Com a criação do grupo de trabalho, na prática, o processo de discussão em torno da regulamentação das redes sociais começará praticamente do zero.

 

 

Deputados avaliaram que o parecer elaborado por Orlando Silva foi contaminado pela polarização política e não teria votos para avançar. Agora, dizem, será um novo momento para tratar do assunto.

 

À reportagem Orlando diz que é importante a constituição do grupo e que o tema segue "urgente e relevante".

 

"Na composição, o presidente buscou reproduzir a composição de forças políticas da Câmara, não exatamente partido a partido, mas os campos políticos que atuam na Casa. Penso que ele acertou. O esforço agora é produzir a maior convergência possível", diz ele.

 

O ato normativo de Lira não indica quem será o relator da proposta.

 

O projeto de lei prevê, entre outros pontos, responsabilizar as plataformas por conteúdos criminosos publicados. Aprovado no Senado, o texto teve a tramitação travada na Câmara no primeiro semestre de 2023, após a oposição ganhar terreno no debate.

 

 

Veja quem são os membros do grupo de trabalho:

 

Ana Paula Leão (PP-MG)

 

Fausto Pinato (PP-SP)

 

Júlio Lopes (PP-RJ)

 

Eli Borges (PL-TO)

 

Gustavo Gayer (PL-GO)

 

Filipe Barros (PL-PR)

 

Glaustin da Fokus (Podemos-GO)

 

Maurício Marcon (Podemos-RS)

 

Jilmar Tatto (PT-SP)

 

Orlando Silva (PCdoB-SP)

 

Simone Marquetto (MDB-SP)

 

Márcio Marinho (Republicanos-BA)

 

Afonso Motta (PDT-RS)

 

Delegada Katarina (PSD-SE)

 

Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)

 

Lídice da Mata (PSB-BA)

 

Rodrigo Valadares (União Brasil-SE)

 

Marcel Van Hattem (Novo-RS)

 

Pedro Aihara (PRD-MG)

 

Erika Hilton (PSOL-SP)