Segundo nota divulgada pela assessoria da deputada, Erundina está no hospital Sírio Libanês, tem quadro estável e aguarda resultados de exames -  (crédito: Reprodução)

Segundo nota divulgada pela assessoria da deputada, Erundina está no hospital Sírio Libanês, tem quadro estável e aguarda resultados de exames

crédito: Reprodução

FOLHAPRESS - A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), de 89 anos, passou mal na tarde desta quarta-feira (5/6) após discursar em sessão da comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Casa e foi encaminhada a um hospital em Brasília.

 

Erundina passou mal durante discussão de projeto de lei de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), do qual é relatora, que institui a responsabilidade do Estado brasileiro em identificar publicamente lugares de repressão política utilizados por agentes da ditadura militar no país.

 

Leia também: Fuad e Lula acertam R$ 11 milhões para obras de contenção de encostas em BH

 

A proposta foi criticada pelos deputados bolsonaristas Marco Feliciano (PL-SP) e Paulo Bilynskyj (PL-SP), que apresentaram um requerimento de retirada de pauta. Após Erundina defender o texto, ela passou mal e deixou o plenário da comissão. Com isso, a sessão da comissão foi suspensa.

 

Segundo nota divulgada pela assessoria da deputada, Erundina está no hospital Sírio Libanês, tem quadro estável e aguarda resultados de exames.

 

À noite, durante sessão do plenário da Câmara, parlamentares da esquerda pediram para que as votações fossem interrompidas, diante do acirramento de ânimos da Casa.

 

 

Isso porque, mais cedo houve embate físico entre parlamentares ao final de sessão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que livrou André Janones (Avante-MG) da suspeita de "rachadinha".

 

Um grupo de deputados, entre eles Nikolas Ferreira (PL-MG), cercou Janones na primeira fila da sessão e passou a proferir xingamentos contra o deputado, que respondeu chamando os bolsonaristas de "gado". Janones e Nikolas ameaçaram se agredir fisicamente. Houve empurra-empurra, e alguns parlamentares tiveram que ser contidos.

 

A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) foi uma das parlamentares que pediram o encerramento da sessão em plenário.

 

"O que aconteceu hoje aqui foi tudo muito grave. Estamos interditando o debate político e abrindo o caminho para a violência e agressão. Não vejo, hoje, condições tranquilas de seguirmos com uma pauta neste plenário", disse Jandira.

 

"Os ânimos estão exaltados, todos estão tensos, têm deputados agredidos, jornalistas agredidos, deputada Erundina internada. Esse não é o clima que se estabelece no parlamento brasileiro. Só discorda disso quem gosta de violência e quem vê esse parlamento como uma Casa de agressão, ódio, mentira e não do debate político. Onde prevalece o debate político, prevalece a democracia", continuou.

 

Após apelo de parlamentares, o deputado que presidia a sessão encerrou a ordem do dia, sem que fossem votados projetos previstos.