Servidores de segurança pública manifestam com faixas na Savassi, na Região Centro-Sul de BH -  (crédito: Gabriela Sales/Aspra)

Servidores de segurança pública manifestam com faixas na Savassi, na Região Centro-Sul de BH

crédito: Gabriela Sales/Aspra

Servidores das forças de segurança de Minas Gerais voltaram a se manifestar pelo reajuste salarial da categoria, em Belo Horizonte nesta quinta-feira (6/6). Faixas espalhadas no entorno da Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, Região Centro-Sul da capital mineira, expõem a insatisfação dos agentes e alerta para a possibilidade dos servidores paralisarem. A manifestação é direcionada ao governador Romeu Zema (Novo), que propõe um reajuste de 4,62% para todo o funcionalismo público

 

Na Savassi, faixas expostas dizem: "Sem remuneração justa, a segurança pública pode parar. Zema não valoriza os policiais"; "Prefeitos, se a polícia parar no seu município a culpa é do Zema!"; "Governador Zema prometeu salários e não cumpriu. Policiais e bombeiros sofrem"; "Prefeitos, olhem a covardia do Zema: 300% para ele e 3,62% para a segurança pública". 


De acordo com o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/PMBM), o objetivo da manifestação, além de reivindicar a recomposição salarial, é chamar a atenção dos prefeitos mineiros a respeita da "falta de compromisso de Zema em cumprir com a promessa de reajuste para as forças de segurança de Minas Gerais". 

 

 

"É uma forma de contar aos prefeitos de que se a segurança pública está fragilizada, na região ou nas cidades que eles são responsáveis, é devido ao não cumprimento por parte do Zema das promessas feitas", pontuou o líder da entidade ao EM.

 

Por lei, a segurança pública não pode aderir a uma greve completa. A alternativa que pode ser tomada é o que eles chamam de "operação tartaruga", conhecida como "estrita legalidade". Neste caso, os agentes cumprem apenas os serviços básicos exigidos por lei.


 

A manifestação da categoria ocorre pelo terceiro dia consecutivo e acontece em meio a análise da proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo de Minas Gerais. O índice de 4,62% foi alterado após o governador sofrer pressão dos servidores, que receberiam apenas 3,62% do reajuste, percentual abaixo da inflação de 2023. 

 

 

A categoria cobra o chefe do Executivo mineiro por reajustes salariais que cubram, no mínimo, a inflação de 2022 e 2023, que é de 10,67%. De acordo com as entidades representativas, em razão da falta de recomposição dos salários, a perda inflacionária é de 41,6%. "A perda é de mais de 41%. Porém, a categoria gostaria pelo menos da recomposição das ultimas inflações, 2022 e 2023. O governo ofereceu apenas o de 2023, quando elevou a proposta para um ponto percentual", pontua. 

 

Ainda nesta quinta-feira, a proposta de reajuste salarial dos servidores deve ser apreciada em segundo turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).