A votação do Projeto de Lei (PL) 2309/2024, aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quinta-feira (6/6), sob fortes críticas da oposição e de representantes dos servidores estaduais de educação, saúde e segurança pública, segue repercutindo nas redes sociais. As deputadas estaduais Leninha (PT) e Lohana França (PV) criticaram uma postagem feita pelo governador Romeu Zema (Novo).
"Agradeço ao presidente da ALMG e aos 64 deputados estaduais que conhecem a situação financeira do estado e aprovaram o aumento de 4,62% a todos os servidores, limite possível de honrar compromissos e pagar os salários em dia", escreveu o governador.
Leninha, que é a primeira vice-presidente da Assembleia, classificou a fala como "mentirosa", chamou Zema de "irresponsável" e afirmou que ele "vem com essa lorota de situação financeira do estado". A petista relembrou o aumento salarial de 300% que ele aprovou para o cargo de governador e a isenção de impostos de empresas.
Já a deputada Lohana França disse que "a situação financeira de Minas Gerais que conhecemos é a de um governador que duplicou, em seus anos de governo, as isenções bilionárias para seus amigos, que aumentou em 300% seu salário e o do 1º escalão e que faz caixa com o dinheiro dos mineiros; a arrecadação de impostos do primeiro quadrimestre deste ano foi 15% maior que a do ano passado".
Apesar do Projeto de Lei ter sido aprovado, a oposição classifica a situação como uma derrota para o governador Zema. Entre os pontos apontados como "favoráveis" estão o aumento na proposta de reajuste de 3,62% para 4,62% nos vencimentos de todos os servidores estaduais.
Mesmo com o aumento, 62 mil funcionários estaduais, que ganham em carteira menos de um salário mínimo e recebem benefícios para igualar o salário-base definido pela legislação, não devem receber esse aumento, pois com a ampliação dos honorários, os benefícios serão diminuídos, compensando o reajuste.