GUARUJÁ, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse neste sábado (8) que é bolsonarista e que não vê problema em ser de uma corrente política sob atenção da Polícia Federal -atenção essa que, segundo ele, não é compreensível.
Em evento do grupo empresarial Esfera, sentado quase ao lado do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) -o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, estava entre eles, Tarcísio foi provocado pelo jornalista William Waack, que mediava a conversa, a dizer se era bolsonarista.
A pergunta fazia referência a um editorial publicado pelo jornal Estadão neste sábado.
"A primeira pergunta que a gente tem que saber é o que é ser bolsonarista. Eu sou bolsonarista, vou continuar sendo bolsonarista. Isso significa que eu sou conservador, sou liberal e acredito em um Brasil que vai ter economia de mercado", afirmou.
Tarcísio citou também temas que estão na pauta do governo Lula, como transição energética, e que cabem à gestão federal, como o Sistema Único de Saúde. "[Vamos continuar acreditando em] Um Brasil que vai aproveitar seu potencial, vai fazer a transição energética. Vamos continuar acreditando no SUS, no SUS universal, vamos continuar acreditando na educação gratuita de qualidade."
O mediador voltou a provocá-lo e citou a necessidade de Tarcísio conquistar um eleitorado de centro enquanto faz parte de uma corrente política "na atenção das autoridades, sobretudo a Polícia Federal". Tarcísio disse não ver problema.
O governador de São Paulo ainda defendeu seu padrinho político, ao dizer que, durante o governo Bolsonaro houve o enfrentamento de uma pandemia e "entregou o Brasil crescendo, gerando emprego, com déficit em queda, e que teve, pela primeira vez a redução de impostos administrativos desde a Constituição de 1988."