Governo federal confirma que foram doadas 18 toneladas para cidade gaúcho, mas donativos tinham como destino igreja; Ministro Paulo Pimenta disse que documentos foram entregues à Polícia Civil para ajudar nas investigações -  (crédito: Ministério Público do Rio Grande do Sul)

Governo federal confirma que foram doadas 18 toneladas para cidade gaúcho, mas donativos tinham como destino igreja; Ministro Paulo Pimenta disse que documentos foram entregues à Polícia Civil para ajudar nas investigações

crédito: Ministério Público do Rio Grande do Sul

A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio Grande do Sul prenderam em flagrante, nesse sábado (8/6), o vereador de Palmares do Sul, Filipe Lang (PT), ao encontrar uma arma irregular em sua residência. O político, que é pré-candidato a prefeito na cidade, foi liberado no mesmo dia após pagar a fiança e afirmou que o revólver era um presente antigo de seu avô.

 

A operação, que está na segunda etapa, tem como objetivo investigar o desvio de donativos para as vítimas das enchentes que atingem a região e apurou a conduta de dois políticos e do familiar de um deles. Com o vereador Polon Backs de Oliveira (União Brasil) foram apreendidos celulares e cerca de R$ 15 mil, ele é pré-candidato a vice-prefeito na chapa de Lang. Backs alegou que o dinheiro era parte dos seus honorários como advogado.

 

 

Segundo informações do jornal gaúcho Zero Hora, um caminhão que teria sido usado por Lang para levar cerca de 18 toneladas de alimentos e roupas foi apreendido na última semana.

 

O promotor Mauro Rockenbach afirma que parte dos itens foram entregues para pessoas que não vem sofrendo com as destruições causadas pelas cheias. As doações não passaram pela prefeitura, afirmou o delegado responsável pela investigação.

 

Uma outra operação entre as forças de segurança, realizada nessa última semana, encontraram cinco cestas básicas que deveriam ser distribuídas pela Defesa Civil na casa do vereador Manoel Antunes Neto (PL). Ele também é investigado por usar sua própria conta bancária para receber auxílio aos pescadores da região.

 

 

O Ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT-RS), alegou que as 18 toneladas foram enviadas para uma igreja que ficaria responsável por repassar aos afetados pela tragédia e que enviou a documentação à Polícia Civil para contribuir com a investigação.