Dirigente veio a BH para a posse de Alê Portela (PL) na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social -  (crédito: PL/Reprodução)

Dirigente veio a BH para a posse de Alê Portela (PL) na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

crédito: PL/Reprodução

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, cobrou nesta segunda (10/6), em Belo Horizonte, o apoio do governador Romeu Zema (Novo) à candidatura do deputado estadual Bruno Engler para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo ele, a aliança nesta eleição é fundamental para 2026.

 

"Se nós não estivermos juntos agora, não podemos estar juntos em 2026”, disse ele. O dirigente veio à capital para participar da posse da deputada estadual Alê Portela (PL) na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Portela é a primeira representante do PL a assumir uma pasta no governo Zema. 

 

 

"Zema é uma figura importante e Minas Gerais tem que estar junto com a gente como esteve no passado e como vai estar no futuro. Nós temos que nos acertar agora para poder nos acertar para 2026", cobrou Valdemar. O partido do governador lançou o nome da ex-secretária de Planejamento, Luisa Barreto, como pré-candidata à prefeitura da capital. Mas o PL sonha em ter a ex-secretária como candidata a vice de Engler

 

Valdemar disse que a candidatura de Engler é um dos maiores investimentos do partido nesta disputa. “O Bruno vai ser um dos candidatos mais prestigiados pelo Bolsonaro no Brasil, pela direita e pelo nosso pessoal”, afirmou. 

 

 

O dirigente não quis adiantar com quais partidos o PL tem negociado para integrar a chapa de Engler “para não colocar ninguém em má situação”. Segundo ele, mais partidos virão para compor a aliança e superar as discussões sobre quem será o candidato a vice-prefeito.

 

“Às vezes, o cidadão quer vir, quer indicar um vice que a gente não quer, então tem que ter paciência”, afirmou. Segundo o presidente nacional do PL, essas negociações estão sendo conduzidas por Engler e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Que vão ter que ter paciência para resolver isso aí. Não é fácil”, concluiu.

 

Costa Neto disse ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) virá a Belo Horizonte para participar do lançamento da candidatura de Engler e que caso não seja possível essa agenda antes do prazo do registro junto à Justiça Eleitoral, ele virá depois. A vinda de Bolsonaro  para o ato de lançamento da pré-candidatura de Engler estava prevista para abril, mas teve de ser adiada por causa de problemas de saúde do ex-presidente. 


O dirigente disse que Bolsonaro já se restabeleceu, mas estava envolvido em arrecadar doações para o Rio Grande do Sul, atingido por enchentes, por isso ainda não conseguiu vir a Belo Horizonte. No entanto, ele garantiu que Engler terá o apoio de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de toda a legenda no estado. 

 

“Os mineiros deram umas das maiores bancadas para nós, estadual e federal, e por isso terão o maior apoio do partido”, assegurou o dirigente que, antes da cerimônia de posse da nova secretária, se reuniu com a bancada do PL na sede do partido no bairro Belvedere, zona sul da capital. 


Presente no encontro, o  deputado federal Domingos Sávio, presidente do PL mineiro, minimizou as rusgas dos deputados do partido na Assembleia Legislativa com Zema. Para ele, isso não será um obstáculo para uma aliança com vistas à disputa pela PBH. 

 

“Isto não representa impeditivo porque  nós temos uma afinidade com o governador Zema, afinidade de princípios, e de propósito, muito forte”, afirma. Segundo ele, as divergências são pontuais e estão relacionadas às questões que envolvem as forças de segurança pública. “A segurança pública é um tema muito caro para o PL”, afirmou. Grande parte da bancada do PL votou a favor de um reajuste maior para as polícias o que levou o governador, em retaliação, a exonerar indicados pelos parlamentares do partido para cargos comissionados no estado.

 

“Fora isso, eu vejo a bancada do PL quase que em 99% das vezes votando coesa, apoiando o governador Zema”, avalia. Além disso, destaca o dirigente estadual, a indicação de Alê Portela para a Sedese é um “gesto muito concreto” de aproximação do governador com o partido.