Governistas determinaram a primeira derrota aos aliados na comissão, que tem ganhado holofotes e também críticas, desde que o PL indicou Nikolas para seu comando -  (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Governistas determinaram a primeira derrota aos aliados na comissão, que tem ganhado holofotes e também críticas, desde que o PL indicou Nikolas para seu comando

crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou o processo da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que move uma representação contra ele por transfobia. A Psolista pede uma indenização por danos morais coletivos na ordem de R$ 5 milhões, no caso da discussão com a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) em sessão da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados.

 

 

“5 milhões? Por uma opinião inviolável de um deputado? Por falar ''pelo menos ela é ela'? E ninguém fala dos ataques contra a Júlia? Essa turminha ama tentar ganhar um dinheiro sem trabalhar”, disse o parlamentar mineiro.

 

A psolista discutia com Zanatta longe do microfone, chamando ela de “ridícula, feia e ultrapassada”. Nikolas, que estava próximo de Erika Hilton, rebateu dizendo: “pelo menos ela é ela”. Cabe lembrar que Erika Hilton é uma mulher trans.

 

 

Na representação contra Nikolas, Erika Hilton disse que o deputado “extrapola os limites da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar, uma vez que incentiva o ódio, o preconceito e a discriminação contra a população trans e travesti". A parlamentar ainda afirma que, após o episódio, houve um aumento de comentários de ódio contra ela.

 

Histórico

 

Esta não é a primeira vez que Nikolas Ferreira é alvo de um processo de por transfobia. Em dezembro do ano passado, o parlamentar perdeu um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que manteve a condenação em um caso contra a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG).

 

O processo se refere a uma discussão entre o bolsonarista e a parlamentar, quando foram eleitos vereadores de BH em 2020. No caso, Nikolas havia se referido a Duda por pronomes masculinos em entrevista para o Estado de Minas. Na primeira instância, o parlamentar foi condenado a uma indenização de R$ 80 mil, mas o TJMG reduziu a quantia para R$ 30 mil.