Senadora Rosana Martinelli (PL-MT) usou a tribuna do senado federal para declarar que não estava em Brasí­lia e não tem relação com os atos de oito de janeiro de 2023 -  (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Senadora Rosana Martinelli (PL-MT) usou a tribuna do senado federal para declarar que não estava em Brasí­lia e não tem relação com os atos de oito de janeiro de 2023

crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Jaqueline Fonseca
Correio Braziliense

 

A Senadora Rosana Martinelli (PL-MT) usou a tribuna do Senado Federal na manhã desta quinta-feira (13/6) para se defender e declarar que não tem relação com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

 

A senadora, que é suplente, tomou posse na quarta-feira (12/6) na vaga de Welligton Fagundes (PL-MT) que pediu licença para tratamento de saúde e deve ficar afastado até 9 de outubro. Ela é ex-prefeita de Sinop, no Mato Grosso. Rosana Martinelli afirmou ainda que seguirá bandeiras levantadas por Wellington Fagundes e apontou que ele tem sido uma inspiração para todos na luta por Mato Grosso.

 

 

 

 

Durante a discurso, a senadora detalhou as sanções sofridas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no final do ano passado, como bloqueio de bens e retenção de passaporte, e disse que até o presente momento está impedida de viajar para o exterior em função dessa penalização que sofreu, sem saber a razão.

 

 

"Por coincidência, no dia em que eu ia tomar posse, eu tive busca e apreensão na minha casa. Eu não estava lá porque eu estava em viagem para tomar posse como suplente de Senador. Eu fiquei meses sem saber por que é que eu estava sendo punida. Isso que eu acho pior, porque não tinha uma satisfação".

 

 

 

 

"Eu fui punida, e eu não sabia nem por que eu estava com as minhas contas bloqueadas. Eu sou uma empresária, final de ano, pagamento dos funcionários para fazer, e ficar nessa situação... Também nem me foi comunicada a questão do passaporte. Eu fiquei sabendo do passaporte no dia em que eu fui fazer uma viagem internacional, porque a Polícia Federal me retirou do embarque. Então, essa falta de esclarecimento, a falta de acesso é o que foi o pior de toda a situação", afirmou Rosana Martinelli.

 

 

A senadora também criticou o que chamou de punição generalizada e reiterou que ela própria está sendo punida até hoje por permanecer sem passaporte e sem autorização para nova emissão. "Nós não concordamos com qualquer tipo de depredação, mas sim com o direito à liberdade de expressão. Jamais nós podemos abrir mão da nossa liberdade. E concordo que as pessoas que usaram de má-fé sejam investigadas, sejam punidas, mas também não pode ser generalizado do jeito que foi: as pessoas sendo violadas em seu direito da maneira que foi".

 

 

 

 

"[...] Primeiro, puniram-se as pessoas, principalmente os cem empresários primeiro, que foram bloqueados, inclusive empresários que tinham a frota de caminhões que estavam... Enfim, a título de esclarecimento: não tenho nada a ver com 8 de janeiro e eu me admiro muito e eu sinto na pele o que é ser punida - e também estou sentindo até hoje, porque meu passaporte ainda não foi liberado. Eu fui recentemente à Polícia Federal, e eu ainda não posso emitir", afirmou a senadora.