Manifestação contra a PL que equipara aborto acima de 22 semanas de gestação, mesmo em caso de estupro de criança e mulher, na Praça Sete junta multidão -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Manifestação contra a PL que equipara aborto acima de 22 semanas de gestação, mesmo em caso de estupro de criança e mulher, na Praça Sete juntou multidão na última sexta-feira (14/6)

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

A enquete sobre o PL Antiaborto (PL 1904/2024), aberta no site da Câmara dos Deputados em 17 de maio, alcançou um milhão de votos. Até a tarde desse domingo, mais de 1,052 milhão de pessoas tinham expressado sua opinião — sendo a maioria contrária ao texto.

 

 

Exatos 88% dos votantes afirmaram discordar totalmente do PL, que tem como proposta equiparar o aborto depois de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo que seja uma gravidez derivada de um estupro.

 

 

 

 

"Esse PL misógino tenta criminalizar mulheres que recorrem à interrupção da gravidez como último recurso. O aborto é uma questão de saúde pública e não religiosa. As mais penalizadas são as mulheres pobres, que não dispõem de recursos para pagar clínicas seguras", comentou Sonia W Maluf no site da Câmara.

 

 

Por sua vez, 12% das pessoas concordam totalmente com o projeto. "[O PL] Impede assassinato de bebês/fetos por causa de um crime não cometido por eles", opinou Daniel Pinto, também no site da Casa.

 

 

 

 

Votos que concordam ou discordam em parte do PL e indecisos não alcançaram 1%.

 

 

Na quarta-feira (13/6), a Câmara aprovou a tramitação do projeto em regime de urgência. Agora, em vez de passar pela análise das comissões temáticas, o PL será votado direto no plenário. Lideranças deverão discutir com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como será a tramitação do texto na terça-feira (18/6).