Estado adotou o home-office para os trabalhadores da Cidade Administrativa após detectar problemas nos elevadores -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Estado adotou o home-office para os trabalhadores da Cidade Administrativa após detectar problemas nos elevadores

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

Durante a audiência da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Professor Cleiton (PV) disse que vai solicitar cópia do inquérito aberto pela Primeira Delegacia Especializada em Combate à Corrupção da Polícia Civil para apurar as causas das falhas nos elevadores da Cidade Administrativa. 

 

Nesta terça (18/6), o colegiado debateu a interrupção do funcionamento dos 54 equipamentos e a gestão do local, que recebe cerca de 1 mil visitantes por dia e abriga 16 mil servidores. O deputado disse ainda que vai convidar os policiais responsáveis pela investigação para falar sobre o caso. Segundo ele, a investigação foi aberta a partir de denúncias feitas por servidores. 

 

 

O parlamentar declarou que os problemas dos elevadores não foram causados por falhas na construção da sede, obra do então governador Aécio Neves (PSDB), hoje deputado federal, e sim por “falta de manutenção”. “Mas o governo foi para a imprensa culpar a construção repetindo uma prática do governador de nunca assumir seus erros”, afirmou o parlamentar. 


Em entrevista coletiva logo após o anúncio de interdição, em maio, da Cidade Administrativa em função dos problemas com os elevadores, o vice-governador Mateus Simões (Novo) culpou os responsáveis pela obra pelas falhas no sistema de transporte de servidores. 


Helger Marra Lopes, diretor de Mercados e Ativos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), empresa pública que ficou responsável pelas obras de recuperação dos elevadores, disse que ainda não é possível dizer a causa do problema: se houve falha na manutenção ou na construção.


 “Na verdade, a Codemge está fazendo a contratação de um novo laudo para trazer informações complementares para que a gente seja conclusivo em relação ao problema ocorrido”, afirma Lopes, que participou da reunião desta terça representando o governo. 


A Codemge foi indicada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para conduzir o processo de reforma do elevadores, com o objetivo de garantir mais agilidade para as intervenções.  


De acordo com a Seplag, como empresa, a Codemge tem mais flexibilidade para execução das obras por estar submetida a outros dispositivos legais, diferentes dos que regem o processo nas secretarias do Executivo estadual.

 

A reforma vai custar R$ 2,4 milhões e deve ser concluída até o final de novembro deste ano. Servidores foram colocados em home office ou deslocados para outros prédios. 

 

Mais elevadores com problemas

 

Não são somente os elevadores da Cidade Administrativa que enfrentam problemas. A Casa de Direitos Humanos, órgão da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese), localizada no Centro de Belo Horizonte, está com os elevadores estragados e com manutenção vencida desde outubro do ano passado. A repartição fica em um prédio de sete andares da década de 1930, tombado pelo patrimônio público, 


O local abriga conselhos estaduais, entre eles o da Pessoa Idosa e 85 servidores públicos. Os três elevadores estão sem condições de uso desde outubro do ano passado, quando venceu a vistoria feita por uma empresa contratada pela Sedese. A secretária informou que a reforma começou a ser feita nesta terça-feira (18/6).