O comando da Polícia Militar quer a criação de uma data-base específica para discutir correção salarial da tropa. Hoje, essa data, que é o período do ano destinado à correção salarial de uma categoria, é conjunta com a maioria dos servidores públicos.
A informação foi dada pelo comandante geral da PM, coronel Rodrigo Piassi, em audiência do “Assembleia Fiscaliza”, programa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em que secretários e gestores do estado prestam contas aos deputados sobre as atividades de suas pastas, conduzida pelo deputado Sargento Rodrigues (PL).
De acordo com Piassi, essa proposta de criação de uma data específica para discutir a questão salarial da PM faz parte de um pacote de alterações legislativas para aprimorar o sistema de proteção social da corporação apresentado ano passado ao governo.
“Entre as alternativas que nós apresentamos para o governo (...) é uma data-base especial para os militares do estado, caso a revisão geral não seja possível para todos os servidores públicos”, defendeu. Segundo ele, essa data específica é importante em razão da natureza e das especificidades do trabalho dos policiais.
Piassi afirma que o comando vem cobrando do governo a revisão geral anual do salário, como determina a Constituição Federal, mas não fez pedidos de aumento real, porque o estado, em função da sua situação econômica, está impedido de conceder.
“O que nós não temos feito nesse momento de dificuldades financeiras do Estado de Minas Gerais é solicitado aumento remuneratório, porque a própria lei nos impede disso. Então, as ações de comando ficam focadas na revisão geral anual”, assegura.
Ele também afirmou que o comando da PM já apresentou ao governo “todo o desenho da progressão horizontal com os percentuais necessários para igualar a política de valorização do servidor de civis aos militares estaduais”. Essa progressão, defendida também pela Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/PMBM), prevê uma progressão salarial independente da mudança de patente do militar.
Em relação ao pagamento de vale-refeição para a corporação, como forma de incrementar o salário, o comandante diz que não fez esse pedido, porque a defesa da corporação é que haja valorização salarial de todos os militares, inclusive os da reserva, que ficariam prejudicados pois não teriam direito a esse benefício.
O comandante também informou que o estado estuda um programa de telefonia móvel institucional para a corporação.