O expediente presencial na Cidade Administrativa foi suspenso na sexta-feira -  (crédito: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

O expediente presencial na Cidade Administrativa foi suspenso devido a problemas nos elevadores

crédito: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, minimizou a falta de auto de vistoria (AVCB) nos prédios Minas e Gerais da Cidade Administrativa. Em audiência da Assembleia Fiscaliza, nesta quinta-feira (20/6), o militar confirmou que as principais edificações do poder Executivo mineiro estão irregulares, mas que é possível funcionar sem interdição.

 

“Os prédios, não tendo AVCB, estão irregulares. Porém, o que minimiza a questão da Cidade Administrativa, e nós já fizemos diversas vistorias, é que ela tem diversos sistemas preventivos, como sistemas de hidrantes, extintores, rotas de fuga. Tem situações que não nos levam a concluir que haja risco iminente. (...) Os prédios são irregulares, mas não são impeditivos de funcionamento porque dispõe de sistemas preventivos”, disse.

Desde o início de maio, o expediente dos prédios foi suspenso pelo governo, após falhas serem constatadas no funcionamento dos 54 elevadores. As edificações abrigam cerca de 8 mil servidores de secretarias e autarquias do Estado nos 13 andares de cada um.

 

Segundo o coronel, os Bombeiros já debatem a regularização dos prédios desde 2019. “A coisa foi caminhando. No ano passado, da mesma forma, ficou acordado que a gente faça um cronograma para que ele vá sendo executado para que haja a regularização”, disse.

 

 

Os problemas nos elevadores vieram à tona em novembro de 2023, quando um servidor público de 66 anos, lotado na Secretaria de Estado de Saúde (SES), teve um mal súbito e morreu ao subir 13 andares de escada do edifício Minas. Na época, uma pane elétrica interrompeu o funcionamento dos elevadores.

 

Um laudo da perícia que vistoriou os elevadores apontou que, na construção da sede do poder Executivo mineiro, os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto. Isso resultou em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito “pino”. Por isso, é preciso reforçar todos os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores.

 

No último dia 7 de junho, o governo anunciou que a Companhia de Desenvolvimento (Codemge) fechou o contrato para fazer as obras de reparo nos elevadores, com o custo de R$ 2,5 milhões. A expectativa é que os reparos sejam concluídos até o final do ano.