Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal -  (crédito: GUSTAVO MORENO/STF)

Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal

crédito: GUSTAVO MORENO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o Brasil "inventou uma forma de combate à corrupção", se referindo à Operação Lava-Jato. No entanto, aponta que o problema foi que os "combatentes gostavam muito de dinheiro", citando como exemplo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava-Jato. 

 

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“No Brasil a gente inventou uma forma de combate à corrupção, mas os combatentes gostavam também muito de dinheiro. É o caso de Sérgio Moro e seus colegas, que inventaram essas fundações e buscaram se apropriar, como se estivessem remunerando-se pelo fato de terem combatido a corrupção. Isso foi extremamente negativo”, disse o ministro em entrevista à CNN Portugal, nessa segunda-feira (24/6).

 

 

 

Anistia 8 de janeiro

 

O ministro também afirmou que não há clima no Brasil para anistiar os presos pelo 8 de janeiro. Na avaliação do ministro, o pedido de anistia é um "movimento político retórico".

 

 

“Talvez isso (pedido de anistia) seja mais um movimento político, o que é natural. Nós estamos às vésperas de eleições municipais (…), que depois levam às eleições nacionais em 2026. E é natural que haja esse tipo de diálogo, vamos chamar assim, retórico, esse diálogo político (...). Não acredito que haja clima no Brasil para um debate sobre anistia diante da gravidade dos fatos que ocorreram”, disse.

 

 

De acordo com o ministro, a demora na investigação dos mandates da invasão das sedes dos Três Poderes se deve à complexidade do caso. Apesar disso, aponta que "já há dados muito interessantes em relação" ao caso.