O reajuste salarial dos servidores do estado vai continuar como a principal pauta desta semana na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). De um lado, a base do governador Romeu Zema (Novo) tenta avançar com a proposta de 3,62%, aprovada em primeiro turno na última quarta-feira (29/5). Do outro, os servidores da Educação iniciam uma greve parcial enquanto a oposição busca um reajuste de 10,67%, que corresponde às perdas inflacionárias de 2022 e 2023.
Nos bastidores, a previsão é de que os parlamentares retornem ao Plenário na terça-feira (5/6), para continuarem a votação - abandonada às pressas pelos aliados de Zema. Caso os deputados consigam derrotar as emendas da oposição, o governo deve pressionar por uma votação em segundo turno ainda nesta semana.
“A retirada dos deputados do plenário foi um claro sinal de que seríamos vitoriosos na votação das emendas. Então, temos que concentrar os esforços para garantir esta vitória em plenário”, declarou a diretora estadual e coordenadora do Departamento de Comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Marcelle Amador.
Greve na Educação
A greve parcial dos servidores foi aprovada em uma assembleia do Sind-UTE/MG no mesmo dia em que o Projeto de Lei 2.309/2024 foi aprovado pelos deputados com 54 votos.
“A maioria dos trabalhadores decidiu por paralisações parciais nos dias 4,5,6,11,12 e 13, com nova assembleia estadual no dia 13 de junho, mantendo o indicativo de greve. O calendário prevê ainda a realização de plenárias locais e regionais nos dias de paralisação e mobilização nas escolas e SREs nos dias 3, 7 e 10”, explicou o sindicato, em nota.
Aumento da arrecadação
Como revelou o Estado de Minas, o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), publicado no Diário Oficial de Minas Gerais no mesmo dia da votação na ALMG, apontou um crescimento de R$ 5 bilhões na Receita Corrente Líquida (RCL) do estado no 1º quadrimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.