O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, vai dizer em depoimento à Polícia Federal (PF) que não há provas contra ele no caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele também vai reforçar que não tem envolvimento com o caso.

 

Barbosa presta depoimento à PF nesta segunda-feira (3/6), em Brasília. Ele é acusado de ser o mentor intelectual dos assassinatos. 

 

 

De acordo com a defesa de Rivaldo, o advogado Marcelo Ferreira, a prisão do delegada foi decretada com base apenas na delação premiada de Ronnie Lessa, pois não há provas de envolvimento.  "Ele vai esclarecer novas questões da investigação e da condução do inquérito sobre a morte de Marielle. E vai reforçar que a PF não tem provas contra ele”, disse Ferreira ao blog da Camila Bomfim, do g1.

 



 

A defesa do delegado também disse que Rivaldo deve pontuar em seu depoimento que a condução da Polícia Civil do Rio, que era chefiada por ele, é diferente da condução do inquérito sobre as execuções. Além disso, Rivaldo afirma que a delação de Ronnie Lessa é apenas um lado, sem provas na investigação, e que resultou em medidas gravosas, como prisão, indiciamento e denúncia. 

 

 

Rivaldo ainda aponta que a demora para ouvi-lo "causa estranheza". A Polícia Federal marcou a oitiva do delgado após ele escrever um brilhete "implorando" para depor. A defesa afirma que a "demora foi fora da curva". "Ele foi preso, indiciado e denunciado sem sequer ser ouvido", disse.

 

Rivaldo foi preço em março, junto com os outros dois supostos mandantes, o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão.

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