A sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - que terminou no arquivamento do pedido de investigação contra o deputado André Janones (Avante-MG) - foi finalizada em tumulto e críticas por parte dos deputados de oposição presentes.

 

Após o encerramento, Janones foi alvo de hostilidades, sendo chamado de 'rachador' e 'covarde' por alguns parlamentares, incluindo Nikolas Ferreira (PL-SP), Zé Trovão (PL-SP) e o coach Pablo Marçal, que também participou da sessão e é candidato à prefeitura de São Paulo.

 

 

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A situação se intensificou quando Janones revidou às ofensas, provocando uma confusão generalizada que exigiu a intervenção da Polícia Legislativa para escoltá-lo para fora do plenário do colegiado.

 

Denúncia

 

A representação por quebra de decoro parlamentar foi apresentada pela bancada do PL, a maior da Casa. A denúncia se baseia em um áudio atribuído a Janones.

 

No áudio, o deputado exige que os servidores de seu gabinete repassem parte de seus salários para compensar um prejuízo financeiro que ele teria sofrido durante a campanha eleitoral de 2016, quando concorreu à Prefeitura de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, e foi derrotado.

  


Apesar da denúncia, a maioria do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu arquivar o relatório de cassação.

 

O colegiado votou o parecer apresentado pelo deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos. Favorável a Janones, o relatório sugeriu o arquivamento do pedido de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. Foram 12 votos favoráveis ao arquivamento e quatro contrários.

 

 

 

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