A Polícia Federal (PF) vai pedir à Argentina a extradição dos foragidos do 8 de janeiro que estão em Buenos Aires. Os pedidos devem ser encaminhados na semana que vem. As informações são do colunista Valdo Cruz, do G1.

 

"Vamos listar todos os condenados que possivelmente estejam na Argentina e encaminhar os pedidos de extradição, tudo em articulação com o Ministério de Relações Exteriores e Supremo Tribunal Federal", disse o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues.

 

Segundo o diretor-geral da PF, os nomes dos fugitivos também serão incluídos na lista da rede Anfast de capturas da Ameripol, a comunidade de polícias das Américas.

 

Os pedidos serão encaminhados na próxima semana, segundo o diretor da PF, pois há todo um processo legal que precisa ser respeitado. Além disso, a PF ainda está fechando a lista dos condenados ou investigados que fugiram para a Argentina. Inicialmente, uma lista aponta no mínimo 65 envolvidos nos atos de 8 de janeiro que foram ilegalmente para o país vizinho.

 

Há uma preocupação com o risco de a Argentina aceitar pedidos de asilo político, que já foram ou podem estar sendo feitos pelos foragidos. A preocupação se dá em razão da simpatia do presidente da Argentina, Javier Milei, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e às críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

 



Operação da PF

 

Segundo a Polícia Federal, ao menos 65 investigados ou condenados pelos ataques as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, estão foragidas na Argentina. Nessa quinta-feira (6/6), foi deflagrada uma nova fase da operação, a fim de prender envolvidos e monitorar os fugitivos do 8 de janeiro


De acordo com a PF, os envolvidos não passaram pelos contrários migratórios. Para burlar o controle aduaneiro, os fugitivos podem ter atravessado a fronteira em porta-malas de carros, caminhado pela ponte que separa os dois países ou ainda atravessado o Rio Paraná.

 

No sábado (1/6), deputados federais bolsonaristas, entre eles Eduardo Bolsonaro (PL-SP), participaram de um evento em Buenos Aires sobre liberdade de expressão, ocasião em que pediram asilo político aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro.

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