Em café com os jornalistas na manhã de hoje, o prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) disse ter esperanças de contar com o apoio de seu antecessor, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), em sua campanha à reeleição, mas afirmou que, caso isso não aconteça, ele e o partido respeitarão esta decisão. Fuad também afirmou que o candidatou o a vice-prefeito em sua chapa será indicado pelo União Brasil. O nome, de acordo com ele, ainda não foi decidido. 

 

“O PSD é um partido democrático”, afirmou, repetindo o que Kali tem dito sobre a possibilidade de apoiar outro candidato que não seja Fuad. O ex-prefeito tem feito mistério sobre seu destino nas eleições e dito em entrevistas que não tem obrigação de apoiar Fuad, que é do seu partido. “O Kalil tem toda a liberdade de escolher o que ele quer. Eu gostaria muito que ele tivesse me apoiando , não perdi as esperanças de que ele faça isso, mas temos que respeitar a posição dele”, afirmou o prefeito. 

 

O partido, responsável pela metade do tempo de televisão que Fuad deve ter, ao todo cerca de 4 minutos, ficou de apresentar três nomes para que ele escolha um. Um dos cotados é o vereador Álvaro Damião, mas de acordo com o prefeito o martelo ainda não foi batido pelo União Brasil. A legenda avalia essa indicação, afirma Fuad, pois Damião é um puxador de votos para a eleição da Câmara Municipal e sua escolha pode prejudicar a chapa dos partidos para o Legislativo.

 

Além do União Brasil, o prefeito disse que sua chapa vai contar também com o PRB e o Solidariedade , mas que ele está em busca de outras alianças entre os partidos que ainda não lançaram candidatos. O coordenador de sua campanha será o ex-deputado federal e ex-secretário dos governos do PSDB no estado, Danilo de Castro. "A campanha está pegando ritmo", assegurou. 

Tempo de TV

 

O prefeito aposta no tempo de televisão, segundo ele, um dos maiores entre todos os pré-candidatos, para mostrar as realizações de sua gestão e se tornar conhecido da população. Ele também garantiu que vai participar de todos os debates que for convidado. Ele disse ter consciência e que vai ser atacado pelos adversários, mas disse que está disposto a "discutir BH".

 

“Se eu soubesse onde vão me atacar, eu estava feliz. O que tenho visto hoje são ataques sem fundamentos. Tem candidato atacando a educação de Belo Horizonte. Quem quiser discutir BH, terá resposta da minha parte. Quem quiser me atacar, me ataque”, disse.


Fuad, que se encontrou essa semana com  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é do mesmo partido que o pré-candidato à prefeitura da capital, deputado federal Rogério Correia (PT), disse que não tratou de eleições com o presidente em respeito à candidatura posta do petista. Ele afirmou não acreditar na construção de uma frente de centro-esquerda em Belo Horizonte ainda no primeiro turno. Mas disse querer contar com o apoio em caso de ida para um segundo turno. 


Factoide

 

Ele também rebateu as críticas que os pré-candidatos têm feito a sua gestão e também o fato de ser chamado pelos adversários de “prefeito motosserra”, em função do corte de árvores na região da Pampulha para a realização da Stock Car. “Factoide”, tachou Fuad. “Deviam me chamar de prefeito plantador de árvores”, se defendeu, alegando ter plantado cerca de 100 mil árvores na cidade.

 

 De acordo com ele, os adversários sem ter o que mostrar inventam “fake news” contra ele e sua gestão. “Só jogam pedra na mangueira que tem frutos”, afirmou.

 

Esquerda X Direita

Fuad disse que não se alinha nem ao centro e nem à esquerda. “Eu estou ligado a Belo Horizonte. Meu partido é Belo Horizonte”. Segundo ele, não dá para discutir temas nacionais, "direita e esquerda". "A  cidade é viaduto, é drenagem, é contenção de encosta, é morador de rua, é asfaltar rua" 


 

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