A Operação Fundo do Poço, da Polícia Federal (PF), que investiga um desvio de R$ 36 milhões de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022 do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), tem como alvo o então presidente do partido, Eurípedes Júnior.

 

O político, atualmente presidindo o partido Solidariedade, ao qual o Pros foi incorporado, tem um histórico de suspeitas de desvio de dinheiro. Júnior já é investigado por organização criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Ele ainda é suspeito de praticar furto qualificado, falsidade ideológica e apropriação de recurso destinado ao financiamento eleitoral.

 



 

Uma das suspeitas de desvio de dinheiro tem ligação com o helicóptero do Pros adquirido durante a gestão de Eurípedes Júnior. A aeronave foi comprada em 2015 por R$ 2,4 milhões (cerca de R$ 5 milhões na cotação atual) e desapareceu em meio a investigações sobre o uso indevido do Fundo Partidário. Sete anos depois, em 2022, foi localizada na zona norte de São Paulo.

 

 

De acordo com a investigação, o helicóptero era utilizado para fins pessoais do político, que o utilizava no trajeto entre a casa dele, em Planaltina (GO), e a sede do partido, em Brasília.

 

 

À época, o então presidente do Pros, Marcus Holanda, acusou o antecessor pelo sumiço de bens avaliados em R$ 50 milhões - entre eles, o helicóptero.

 

Nesta manhã de quarta-feira (12/06), a PF cumpre sete mandados de prisão preventiva, incluindo a de Eurípedes Júnior, 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal, além do bloqueio de imóveis e indisponibilidade do montante. 

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