O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que ele "jamais ficará enfraquecido" enquanto ele for presidente. A declaração do presidente Lula aconteceu em coletiva de imprensa, após a reunião do G7, na Itália, neste sábado (15/6). Na ocasião, Lula foi questionado se concordava com o posicionamento de Haddad, que preza pela necessidade de cortes de despesas.

 

Ao responder a perguntar, Lula disse que tudo o que é "gasto desnecessário" não tem necessidade de ser executado. "O Haddad, ele jamais ficará enfraquecido enquanto eu for Presidente da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim", pontuou Lula.

 

 


 

"Se o Haddad tiver uma proposta, o que vai acontecer é que ele vai me procurar essa semana e vai tentar discutir a economia comigo. E eu quero antecipar: a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres", completou.

 

Lula também rebateu as críticas que o ministro da Fazenda vem recebendo pelas medidas propostas para compensar a perda da arrecadação causada pela desoneração da folha de pagamento. Na última terça-feira (11/5), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu a medida provisória do PIS/Cofins, apelidada de "MP do fim do mundo" por alguns setores. A medida era a alternativa apresentada pelo governo federal para compensar a perda de arrecadação.

 

 

Em sua fala, Lula disse que esse não é mais um problema do governo federal. Na terça-feira, Haddad disse que o Ministério da Fazenda não tem um 'plano B' para a compensação.

 

 

"Os que ficam criticando o déficit fiscal, os que ficam criticando os gastos do governo, são os mesmos que foram pro Senado aprovar a desoneração de 17 grupos empresariais. São os mesmos. E que ficaram de fazer uma compensação para suprir o dinheiro da desoneração e não quiseram fazer. Então eu disse para o Haddad: 'não é problema mais do governo, o problema agora é deles'. A decisão da Suprema Corte diz que dentro de 45 dias, se não tiver o acordo, está válido o meu veto. Aí não vai ter a desoneração. Então agora os empresários se reúnam, discutam e apresentem para o ministro da Fazenda uma proposta de compensação", disse. 

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