Na tarde deste sábado (15/6), a ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, se posicionou contra o PL 1904/24, que equipara o aborto ao crime de homicídio. Em seu perfil no X (antigo Twitter), ela afirmou que o projeto é “desumano” e “uma ação criminosa” da política.
“Ser contra o aborto não pode significar defender o PL do estupro. Criminalizar e condenar crianças ou mulheres que interrompem a gravidez, especialmente quando estupradas, com até 20 anos de cadeia (pena maior que a de estupradores e pedófilos), além de desumano, é uma ação criminosa da Política, que deveria protegê-las”, escreveu ela.
Tebet também afirmou que muitas mulheres e crianças, principalmente as mais pobres, não têm acesso à saúde pública antes das 22 semanas de gestação, o que agravaria ainda mais a situação.
“O que muitos querem é acabar com os casos permitidos por lei (estupro, risco à mulher e anencéfalos)”, complementou, pedindo que “gritem nas suas redes”.
Mais cedo, o presidente Lula (PT) chegou a comentar sobre o tema em coletiva de imprensa na Itália, afirmando ser contra o aborto, mas que “é insanidade querer punir uma mulher numa pena maior do que o criminoso que fez o estupro”.
Ele admitiu não ter acompanhado tanto o debate nacional nesta semana por conta da viagem à Europa, mas se comprometeu a “tomar ciência disso” quando pousar em Brasília, ainda no fim do dia.