Assédio, irregularidades nos contratos e condições insalubres são algumas das denúncias feitas por 6 mil trabalhadores de educação na rede municipal de Belo Horizonte e que serão debatidas nesta quarta-feira (19/6), às 10h, em audiência pública na Comissão do Trabalho da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

 



 

Os relatos são de trabalhadores que hoje ultrapassam as 44 horas semanais sob condições de trabalho insalubres, em contato direto com equipamentos como caixas de gordura e altas temperaturas, tudo isso sem nenhum tipo de EPI. Além disso, há relatos de intimidações e assédios por parte de algumas chefias e de descontos irregulares nos salários dos trabalhadores.

 

Um dos setores que estaria também sob risco é o de Auxiliares de Apoio ao Educando, onde há um volume muito maior de alunos com deficiência para o quantitativo de profissionais da educação.

 

Ao Estado de Minas, o diretor do SindRede, Thiago Ribeiro, relatou alguns fatos. Segundo ele, diretores chegam a cometer assédio moral com os trabalhadores. Ele chegou a citar, que durante o último mês, um dos chefes quase chegou as vias de fato com um servidor.

 

“O cenário é desesperador. Essa não é a primeira audiência. E não é tomada nenhuma providência”, conta. “O Ministério do Trabalho está transbordando de denúncias, então por isso pedimos ajuda para ALMG”, relata.

 

O presidente da Comissão, Betão (PT), afirmou que vem acompanhando as mobilizações do SindRede e vendo as centenas de trabalhadores sob condições preocupantes. “Não há diálogo algum com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a MGS, que sequer recebe a categoria”, afirmou.

 

“Por isso, a Comissão do Trabalho pretende dialogar com a prefeitura e a MGS para melhorar as condições de atuação desses profissionais na cidade de Belo Horizonte”, concluiu.

compartilhe