O presidente Lula (PT) fez um afago ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), disse que está feliz com seu auxiliar e que é preciso aguardar os desdobramentos do recente indiciamento pela Polícia Federal, repetindo que "todo mundo é inocente até que se prove o contrário".

 

"Tô feliz com o [André] Fufuca, com o Juscelino, com a Sonia [Guajajara]. Tem um problema de indiciamento do Juscelino. Mas eu tenho uma filosofia: todo cidadão é inocente até que se prove o contrário. Se o indiciamento ainda não foi concedido pela PGR nem pela Suprema Corte, eu tenho que aguardar", afirmou Lula nesta sexta-feira (21), durante entrevista à rádio Mirante News, logo ao chegar a São Luís, onde terá agenda ao lado do titular das Comunicações.

 



 

Lula afirmou ainda: "Juscelino está prestando um bom serviço no governo". 

 

Mais cedo, em entrevista a uma rádio de Teresina, o mandatário afirmou que não vê necessidade de reforma ministerial agora, mas que o presidente tem poder para tirar um nome quando quiser.

 

"A hora que precisar, eu vou mudar as pessoas. Mas eu estou com o governo muito bom. Você não tem noção da ajuda que me dão esses meninos que foram governadores de estado que estão me ajudando no governo. Todos muito competentes", disse ele.

 

 

"Não vejo necessidade [de reforma ministerial] agora. Mas o presidente da República tem o poder de tirar e por quando quiser. Mas acho que as coisas estão indo bem. A gente está na época da colheita e precisamos de mais gente dentro do que fora. Estou muito tranquilo", continuou.

 

Na semana passada, a PF concluiu que o ministro das Comunicações integra uma organização criminosa e cometeu o crime de corrupção passiva relacionado a desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.

 

Juscelino foi indiciado sob suspeita dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.

 

 

Na ocasião, o ministro criticou a atuação da PF e disse que o indiciamento é uma "ação política e previsível". "Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar", afirmou Juscelino.

 

As suspeitas envolvem irregularidades em obras executadas em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e bancadas por emendas parlamentares indicadas pelo ministro de Lula no período em que ele atuava como deputado federal.

 

Lula chegou ao Maranhão após cumprir uma agenda no Piauí, onde anunciou investimentos nas áreas portuária e de transformação digital.

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