O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (26/6) que o presidente da Argentina, Javier Milei, tem que pedir desculpas a ele e ao Brasil. O petista disse que não conversou com Milei sobre os foragidos do 8 de janeiro que escaparam para o território argentino, mas que o governo estuda uma forma de prendê-los no país vizinho.
“Nós estamos tratando da forma mais diplomática possível. Eu não conversei com o presidente da Argentina, porque eu acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem. Eu só quero que ele, sabe, peça desculpas ", disse Lula em entrevista ao UOL, após ser questionado se havia conversado com Milei sobre o tema.
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Durante a campanha argentina e logo após ter assumido o governo, Javier Milei fez uma série de ataques a Lula, como chamá-lo de “socialista com vocação totalitária” e de “comunista e um grande corrupto”.
Governo quer prender foragidos na Argentina
A Polícia Federal estima que 180 pessoas que estão sendo julgadas pelos atos de 8 de janeiro estão foragidos em países próximos, e pelo menos 50 na Argentina. Segundo o chefe do Executivo, o governo estuda formas de, se eles não voltarem ao Brasil, prendê-los na Argentina.
“Dos que estão lá, você tem uma parte já condenada. Essa parte, tanto o meu ministro [da Justiça, Ricardo] Lewandowski, quanto o Andrei [Rodrigues], [diretor-geral] da PF, mais o Mauro Vieira, do Itamaraty, estão discutindo o seguinte: se esses caras não quiserem vir, que eles sejam presos lá e fiquem presos na Argentina”, apontou Lula.