O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desembarcou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no aeroporto da Pampulha, nesta quinta-feira (27/6). O senador deve acompanhar o petista na agenda por Minas Gerais, com passagem por Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora, na Zona da Mata.

 

Pacheco e Lula nutrem uma relação próxima desde que o senador encabeçou a discussão para a repactuação da dívida dos Estados com a União. Com interesse em especial pelo débito de Minas Gerais, que ultrapassa os R$ 160 bilhões, o presidente do Congresso deve apresentar um Projeto de Lei Complementar na próxima semana que cria novas condicionantes para reduzir os valores.



Nessa quarta-feira (26/6), Pacheco voltou a se reunir com representantes do Governo de Minas para discutir a questão. Em coletiva após o encontro, o secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares, disse que não descarta a possibilidade de votar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) considerando o prazo limite de 20 de julho para voltar a pagar os débitos.

 

Pacheco considera o RRF danoso ao estado, uma vez que a dívida poderia atingir R$ 210 bilhões no final do ano e limitar o reajuste dos servidores e a realização de concursos públicos. O projeto do senador envolve medidas como a federalização de estatais mineiras, como a Cemig e Copasa, e o uso de valores relativos aos acordos pelas tragédias de Mariana e Brumadinho como forma de amortizar as cifras da dívida.

 

Eleições

 

Em Contagem, Pacheco ainda vai estar ao lado do pré-candidato do PSD a vice-prefeito Ricardo Faria. A cidade na Região Metropolitana de BH é a maior do Brasil, governado pelo PT, administrado pela prefeita Marília Campos (PT), pré-candidata à reeleição.

 

 

Lula e Pacheco também foram recepcionados pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Amanhã o presidente da República faz um evento no Minascentro onde vai anunciar novos investimentos na Capital e no Estado.

 

Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Lula evitou falar na aliança entre PT e PSD em Belo Horizonte. “Eu tenho muito cuidado em falar de política em 2024 porque tenho uma base de apoio muito heterogênea no Congresso Nacional, e deve ter muitos partidos com candidatos. Eu não posso confrontar de forma veemente, que me crie um problema na hora de retornar para Brasília”, disse.

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