Com a aproximação da escolha do novo presidente do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o próximo chefe da instituição deve ser alguém compromissado com o controle da inflação e também com o crescimento do país. Em suas declaração, Lula afirmou que o maior "gargalo" do país são os juros altos. A declaração foi dada em entrevista ao jornal A Tarde, publicada nesta segunda-feira (1º/7).
"Acho que um presidente do Banco Central precisa ter o compromisso com o controle da inflação - até porque a inflação penaliza principalmente os mais pobres -, mas também com o crescimento do país. Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil", disse Lula sobre o "perfil" que o governo deseja para o próximo presidente do Banco Central.
O presidente ainda não bateu o martelo para a escolha do próximo presidente do Banco Central. No entanto, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, é o favorito para comandar o BC. O mandado de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no dia 31 de dezembro deste ano.
Expectativa sobre os juros
Ao ser questionado sobre o que impede o Brasil de "avançar" no setor econômico, Lula disse que o principal problema do país é a alta nos juros, considerado "um dos maiores do mundo" pelo presidente. Ele ainda destaca a falta de investimento na educação. "Não há país desenvolvido que não tenha investido em educação", pontua.
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"O nosso maior gargalo são os juros altos, um dos maiores do mundo, que encarecem o crédito e limitam a atividade econômica. Outro problema é o histórico de séculos sem investimentos em educação", declarou.
"Eu espero que os juros baixem e que aproveitemos as oportunidades que a transição energética, nossa agricultura, nossas empresas e a inclusão dos mais pobres podem trazer para fazer a roda da economia girar e construirmos um crescimento inclusivo, sustentável, constante e mais vigoroso", completou.