"Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil", diz Lula sobre próximo presidente do Banco Central -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

"Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil", diz Lula sobre próximo presidente do Banco Central

crédito: Ricardo Stuckert / PR

Com a aproximação da escolha do novo presidente do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o próximo chefe da instituição deve ser alguém compromissado com o controle da inflação e também com o crescimento do país. Em suas declaração, Lula afirmou que o maior "gargalo" do país são os juros altos. A declaração foi dada em entrevista ao jornal A Tarde, publicada nesta segunda-feira (1º/7).

 

"Acho que um presidente do Banco Central precisa ter o compromisso com o controle da inflação - até porque a inflação penaliza principalmente os mais pobres -, mas também com o crescimento do país. Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil", disse Lula sobre o "perfil" que o governo deseja para o próximo presidente do Banco Central.

 

O presidente ainda não bateu o martelo para a escolha do próximo presidente do Banco Central. No entanto, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, é o favorito para comandar o BC. O mandado de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no dia 31 de dezembro deste ano.

 

 

Expectativa sobre os juros

 

Ao ser questionado sobre o que impede o Brasil de "avançar" no setor econômico, Lula disse que o principal problema do país é a alta nos juros, considerado "um dos maiores do mundo" pelo presidente. Ele ainda destaca a falta de investimento na educação. "Não há país desenvolvido que não tenha investido em educação", pontua.

 

 

"O nosso maior gargalo são os juros altos, um dos maiores do mundo, que encarecem o crédito e limitam a atividade econômica. Outro problema é o histórico de séculos sem investimentos em educação", declarou.


"Eu espero que os juros baixem e que aproveitemos as oportunidades que a transição energética, nossa agricultura, nossas empresas e a inclusão dos mais pobres podem trazer para fazer a roda da economia girar e construirmos um crescimento inclusivo, sustentável, constante e mais vigoroso", completou.