Cantor Salomão Vieira foi articulador dos atos golpistas de 8 de janeiro -  (crédito: Reprodução: Redes sociais)

Cantor Salomão Vieira foi articulador dos atos golpistas de 8 de janeiro

crédito: Reprodução: Redes sociais

Um cantor gospel envolvido nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 viralizou por gravar um vídeo apelativo para as redes sociais. Aos "prantos" e envolto em uma bandeira do Brasil, Salomão Vieira diz que está longe de casa há um ano e meio, foragido no Paraguai, e com as contas bancárias bloqueadas.

 

No vídeo - publicado nas redes de Salomão no final de junho, ganhou repercussão nos últimos dias -, o cantor conta que, além das próprias, as contas da mãe também se mantém bloqueadas desde a fuga dele. E faz um apelo: "Pra quem não sabe, em duas semanas, dia 10, vence o aluguel da minha mãe".

 

 

 

"Eu estava no dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília, na Praça dos Três Poderes, carregando uma Bíblia e uma bandeira, e o ministro Alexandre de Moraes mandou me prender injustamente por 13 crimes: terrorismo, golpe de Estado, organização criminosa, dentre outros que eu não cometi", relata o bolsonarista. 

 

O homem se justifica dizendo que é cantor evangélico, membro da igreja Assembleia de Deus. Ele conta que, quando soube que seria preso e condenado a 20 anos "sem ter feito nada", fugiu para o território paraguaio. De acordo com ele, a mãe não esteve nos atos antidemocráticos e também está sendo penalizada por Moraes.

 

 

Em abril, Salomão Vieira também fez um apelo pedindo doações de PIX de "patriotas" a si mesmo e à mãe, para que possam se manter sem o acesso às contas. De acordo com ele, o PIX é de uma pessoa "amiga da família". 

 

Em 8 de janeiro do ano passado, caravanas de manifestantes, parte deles atendendo a convocações de parlamentares e influenciadores de redes sociais, seguiram de ônibus e vans para engrossar a passeata que pedia intervenção militar e depois invadir as sedes dos três Poderes.

 

 

Desde então, 49 pessoas foram detidas e 160 são consideradas foragidas no âmbito da Operação Lesa Pátria. Segundo a Polícia Federal, os valores dos danos causados ao patrimônio público podem chegar à cifra de R$ 40 milhões.