Na conversa, Bolsonaro nega qualquer irregularidade -  (crédito: Pablo PORCIUNCULA / AFP)

Na conversa, Bolsonaro nega qualquer irregularidade

crédito: Pablo PORCIUNCULA / AFP

A Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura a venda ilegal de joias no exterior. Também foram indiciados Bento Albuquerque, José Roberto Bueno Júnior, Julio, Cesar Vieira Gomes, Marcelo da Silva Vieira, Marcos André dos Santos Soeiro, Mauro Cesar Barbosa Cid, Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, Marcelo Costa Câmara, Mauro Cesar Lourena Cid, Osmar Crivelatti. 

 

Eles vão responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. O pedido de indiciamento foi concluído pela corporação e deve se encaminhado à Procuradoria-Geral da República nos próximos dias. A procuradoria decide, então, se apresenta ou não denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF)

 

Em março deste ano, Bolsonaro já havia sido indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o inquérito retornou à Procuradoria-Geral da República para novas diligências.

 

 
Cid fechou um acordo de delação premiada com a PF, sendo crucial para as investigações. Apesar do indiciamento, a Polícia Federal não deve pedir a prisão preventiva nem de Bolsonaro nem dos seus aliados.


Caso das joias


O indiciamento está relacionado ao inquérito que apura a venda de joias recebidas por Jair Bolsonaro quando ocupava a Presidência da República. As investigações conduzidas pelos investigadores nos últimos meses apontam a participação ativa do político nos atos que culminaram no transporte e comercialização dos itens preciosos nos Estados Unidos.

 

 

Além dos itens que já eram conhecidos, em maio deste ano, os investigadores enviaram uma comitiva aos Estados Unidos. Os policiais brasileiros atuaram em conjunto com o FBI em solo norte-americano e descobriram mais uma joia que foi levada ilegalmente ao país. A suspeita é de que este item também tenha sido vendido, em vez de incorporado ao patrimônio da Presidência.

 

Caso dos cartões de vacina

 

Em maio de 2023, o tenente-coronel Mauro Cid foi preso sob suspeita de alterar os dados do cartão de vacinação dele, da esposa, da sua filha, do ex-presidente e da filha de Jair Bolsonaro, Laura Bolsonaro.  

 

De acordo com as investigações, Mauro Cid teria atuado para inserir dados falsos sobre a vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do SUS.