Para Bolsonaro, Trump foi salvo por "poucos centímetros" -  (crédito: EVARISTO SÁ/AFP)

Para Bolsonaro, Trump foi salvo por "poucos centímetros"

crédito: EVARISTO SÁ/AFP

As provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro não só mandou vender os presentes de luxo que recebeu de autoridades estrangeiras – como também pode ter recebido repasses de dinheiro sobre essas vendas  – deixaram seus aliados cabisbaixos nas principais capitais do país. E mais: acreditam que essa história está só começando.

 

E, que se ficar comprovado o recebimento de dinheiro, ainda mais em espécie, sem declaração no Imposto de Renda, será muito pior. Nesse sentido, resta aos pré-candidatos mais afinados ao bolsonarismo jogar tudo no tema da segurança pública, onde consideram que é possível nadar de braçada.     

 

Em conversas reservadas, muitos bolsonaristas avaliam que a tentativa de venda de relógios e peças ornamentais tirou desse segmento o discurso de combate à corrupção em plena campanha eleitoral. O receio agora é ouvir algo como “Tudo joia?”, por onde passarem.

 

Até aqui, uma turma batia no peito para dizer que Bolsonaro podia ser grosseiro em algumas situações, mas jamais tentaria ganhar dinheiro além do seu salário de presidente. Esse mesmo grupo emendava com a história do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia atribuídos a Lula. Agora, esse discurso perdeu força e, enquanto não for refeito sobre outras bases, o maior apelo será mesmo a segurança pública.

 


Paz a fórceps


O escândalo da venda de presentes de luxo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro acirra o clima na Câmara dos Deputados justamente num momento em que o presidente da Casa, Arthur Lira, busca um ambiente menos conturbado para votar a reforma tributária. E justamente para evitar problemas, ele cancelou as comissões técnicas. Esses colegiados viraram ringues entre petistas e bolsonaristas.

 

 

 

 

Não vai demorar



Os processos relacionados ao caso das joias já chegaram à Procuradoria Geral da República. A decisão sairá em pleno recesso parlamentar. Assim, a repercussão entre os políticos será menor e, quando o Congresso voltar, a decisão já terá sido assimilada pelos políticos.

 

O jogo da tributária


Tem muito lobista criando dificuldade para ver se consegue abaixar a sua alíquota do imposto. A reforma está na fase do “quem não chora, não mama” e tem um problema: Se baixar demais de um setor, outro terá que pagar a conta.

 

Sem carinho



 “O PT é grande demais para tratar aos outros partidos com respeito e pequeno demais para ganhar sozinho. Mão de gigante não faz carinho em pequenos”. Foi o que disse o ex-governador do Distrito Federal e ex-senador Cristovam Buarque (foto), ao comentar se o Brasil seguirá o exemplo da França, de unir o centro e a esquerda para evitar a vitória da extrema direita.

 

Duhalde e Lula


Presidente da Argentina de janeiro de 2002 a maio de 2003, Eduardo Duhalde fez questão de comparecer à cúpula do Mercosul em Assunção para conversar com Lula. O simbolismo serviu para mostrar que, na Argentina, tem gente que respeita e gosta do presidente brasileiro.

 

 

Por falar em Lula...



Os pais do real que votaram em Lula em 2022 não entendem por que o governo não comemorou com pompa e circunstância os 30 anos da moeda. Os petistas, porém, explicam: o partido votou contra o Plano Real quando do seu lançamento.