PF mira organização que usou sistemas da Abin para espionagem ilegal e produção de fake news
 -  (crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil)

PF mira organização que usou sistemas da Abin para espionagem ilegal e produção de fake news

crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a quarta fase da Operação Última Milha. A operação tem como alvo uma organização criminosa que supostamente utilizou os sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e produzir notícias falsas.

 

Desde 2023, a PF investiga o suposto uso ilegal de sistemas da Abin para espionar desafetos políticos durante o governo Bolsonaro. 


De acordo com a PF, são cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados são cumpridos em Juiz de Fora (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Salvador (BA) e São Paulo (SP). 

 

 

 

Os nomes dos alvos não foram divulgados. Segundo apuração da TV Globo, as ordens de prisão são contra policiais cedidos para a Abin na gestão do Alexandre Ramagem (hoje deputado federal pelo Rio de Janeiro) e influenciadores digitais que trabalhavam no "gabinete do ódio".

 

Segundo a corporação, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

 

 

 

"Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio", explicou a PF, em nota.