Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador pelo Rio de Janeiro -  (crédito: AGÊNCIA BRASIL/REPRODUÇÃO)

Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador pelo Rio de Janeiro

crédito: AGÊNCIA BRASIL/REPRODUÇÃO

Investigado pela Polícia Federal (PF), o filho '02' do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Bolsonaro (PL), atualmente vereador pelo Rio de Janeiro, comentou sobre a quarta fase da operação sobre a chamada "Abin paralela", que prendeu agentes que trabalhavam diretamente para ele e Alexandre Ramagem, atual deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio.


“Após documentos se tornarem públicos conclui-se que ter amizade comigo virou passível de ser crime e ser meu ex-assessor também! Inovações! Parabéns!”, afirmou Carlos no X - antigo Twitter.


Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

 

Leia: Bolsonaro e Ramagem discutem uso da Abin para proteger Flávio em áudio

 

Pela manhã, a PF prendeu Mateus de Carvalho Spósito, Richards Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues. Bormevet é policial federal, foi segurança de Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018 e depois nomeado por Ramagem para comandar o CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada pelo atual deputado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Já o militar Giancarlo Rodrigues era subordinado a Bormevet na Abin.

 

O vereador Carlos Bolsonaro é um dos investigados da Operação Última Milha, alvo de apuração por envolvimento no uso do software espião FirstMile pela Abin no governo Bolsonaro. A PF investiga se policiais lotados no CIN utilizaram o software de geolocalização e se produziram relatórios sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e políticos adversários do ex-presidente.

 

O objetivo seria desarticular a Abin paralela, organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da agência.

 

Nesta fase, as investigações apontam que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas.