Argumento para o Abicast é divulgar as atividades da agência e aprofundar, um pouco mais, que tipo de acompanhamento os agentes realizam     -  (crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Argumento para o Abicast é divulgar as atividades da agência e aprofundar, um pouco mais, que tipo de acompanhamento os agentes realizam

crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão preventiva de cinco suspeitos de envolvimento no esquema de espionagem de autoridades, advogados e jornalistas. O grupo, que inclui policiais federais, é acusado de participação na chamada Abin Paralela, práticas ilegais de vigilância montadas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

 

Os investigados passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (12/7) e a Justiça entendeu pela manutenção do encarceramento. A Polícia Federal investiga o esquema, que mirou autoridades dos Três Poderes, inclusive deputados, senadores e ministros do Supremo.

 

As diligências fazem parte da Operação Última Milha. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

 

As ações ocorreram em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Os alvos foram policiais federais que atuavam na Abin e sabiam ou participavam do esquema, além de influenciadores que faziam parte do esquema espalhando informações falsas.

 

As investigações apontam que a chamada Abin Paralela seria usada para "encontrar podres" de servidores da Receita Federal, para que eles fossem afastados e isso fosse usado na defesa do senador. A ideia teria partido de Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin. Em depoimento, ele negou as acusações.

 

 

Narrativas

As diligências apontam que o esquema teve o objetivo maior de criar falsas narrativas como ministros do Supremo, jornalistas, advogados e demais autoridades, personalidades e entidades que fossem críticas ao governo da época.

 

As diligências revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. Os investigadores também apontam que "a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos".