O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), minimizou nesta segunda-feira (15) os ataques de 8 de Janeiro ao negar que se tratou de uma tentativa de golpe.
"O 8 de janeiro foi um atentado contra o patrimônio público, o que eu repudio", disse o prefeito durante sabatina Folha/UOL.
"Aquelas pessoas, que a gente viu ali, em grande maioria humildes, ambulantes, aposentados, não consigo imaginar, que alguém sem um pau... Cometeram um erro gravíssimo, têm que pagar por isso, mas eu acho que está muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham uma intenção de dar um golpe de estado", afirmou.
Fabíola Cidral conduz a sabatina, com participação das jornalistas Raquel Landim, do UOL, e Carolina Linhares, repórter da Folha.
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A fala de Nunes está alinhada com o que Jair Bolsonaro (PL) e os bolsonaristas costumam dizer, de que se tratavam de pessoas humildes que cometeram um ato de vandalismo, não uma tentativa de golpe. Nunes tem Bolsonaro como um de seus principais cabos eleitorais na eleição deste ano.
Ele ainda comparou a tentativa de golpe com invasão do Ministério da Fazenda pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), com a presença do então coordenador do grupo e hoje seu adversário na disputa, Guilherme Boulos (PSOL).
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O caso aconteceu em setembro de 2015, em um protesto contra o ajuste fiscal da então presidente Dilma Rousseff (PT).