Substituto de Carlos Vianna (ao fundo), Castellar abraça o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao assumir -  (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Substituto de Carlos Vianna (ao fundo), Castellar abraça o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao assumir

crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senado retorna do recesso em 1º de agosto com alguns suplentes cumprindo as funções parlamentares. Isto porque diversos titulares das cadeiras estarão afastados para concorrer às eleições municipais, cujo primeiro turno é em 6 de outubro.

 

Pelo regimento interno da Casa, os suplentes assumem somente se o senador tiver que se ausentar por mais de quatro meses. As licenças para fins particulares são permitidas por, no máximo, 120 dias e não são remuneradas.

 

Na véspera do início do recesso, o advogado Castellar Neto (PP-MG) assumiu um dos assentos de Minas Gerais, no lugar de Carlos Vianna, que concorrerá à prefeitura de Belo Horizonte pelo Podemos. Castellar foi prestigiado pelo vice-governador do estado, Mateus Simões (Novo), que compareceu à posse. "Sou um profundo admirador do governo de Minas, e gostaria que você (Simões) levasse ao governador (Romeu) Zema minha palavra de apoio. Estou à disposição do governo", afirmou Castellar.

 

 

 

Outro que tomou posse na última semana foi Bene Camacho (PSD-MA), no lugar da relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), que assumirá a Secretaria da Juventude de seu estado. A passagem do ex-deputado federal será curta, uma vez que a senadora confirmou que retorna ao cargo em outubro. Ela, aliás, é um dos nomes cotados para a disputa à presidência da Casa, sucedendo Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

Eliziane retorna ao Maranhão para engrossar a campanha do correligionário Eduardo Braide (PSD) em São Luís, movimento semelhante a outros senadores que pediram licença. É o caso do autor do projeto da desoneração da folha de pagamento, Efraim Filho (União-PB), presidente estadual da sua sigla — substituído por André Amaral (União-PB) —, e do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), que cederá lugar para Flavio Azevedo (PL-RN).

Marinho foi apontado secretário-geral do partido, na convenção nacional do PL, na terça-feira passada. Na prática, ele atuará como coordenador eleitoral durante a campanha. "Esse é um momento crucial para o Partido Liberal. Meu objetivo como secretário-geral é fortalecer a unidade do partido, garantir uma representação eficiente em todas as esferas e apoiar nossos diretórios estaduais para alcançarmos grandes vitórias nas próximas eleições", ressaltou Marinho na convenção.

 

Augusta Brito (PT-CE) — suplente do ministro da Educação, Camilo Santana, no Senado — se licenciou, em abril, para se tornar a secretária de Articulação Política da gestão de Elmano Farias, no Ceará. Em seu lugar, Janaína Farias (PT-CE), que ocupava uma secretaria no Ministério da Educação, assumiu a cadeira. Ela é pré-candidata à prefeitura de Crateús (CE).

 

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) é outro que deve se licenciar em breve. O atual prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, sinaliza o desejo de ter o parlamentar como vice na sua candidatura à reeleição. A suplente, Eudócia Caldas (PL), é a mãe de JHC. A expectativa da ala política, cujo o prefeito e o senador fazem parte, é que JHC seja reeleito. Segundo um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado no fim do último mês, o prefeito figurava no topo das intenções de voto, com 54,4%.

 

 

 

O cenário de Cunha como vice é bem visto, de acordo com relatos ao Correio, pois estaria nos planos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma candidatura ao Senado em 2026.

 

No cargo

 

Há, ainda, o caso daqueles que preferiram não se licenciar, como Eduardo Girão (Novo-CE), que disse que irá conciliar a campanha com as atividades parlamentares "sem nenhum problema". O Novo anunciou sua convenção municipal para 3 de agosto, quando irá confirmá-lo como candidato à prefeitura de Fortaleza.

 

Vanderlan Cardoso (PSD-GO) disputará a prefeitura de Goiânia, mas, atendendo ao pedido do líder da bancada, Otto Alencar (BA), permanecerá no mandato para não desfalcar o partido na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).