"O que nós não temos em comum são propostas. Ele acredita no Estado solucionador de todos os problemas. Eu acredito em um Estado mais eficiente, que precisa reduzir gastos", disse Zema sobre o presidente Lula -  (crédito: RICARDO STUKERT/PT)

"O que nós não temos em comum são propostas. Ele acredita no Estado solucionador de todos os problemas. Eu acredito em um Estado mais eficiente, que precisa reduzir gastos", disse Zema sobre o presidente Lula

crédito: RICARDO STUKERT/PT

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), insinuou nesta segunda-feira (29/7) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um "discurso apelativo", mas que não trabalha pelo bem das contas públicas. Apesar das críticas, o governador mineiro afirmou que tem uma relação "boa e civilizada" com o petista, mesmo com propostas de governo divergentes.

  

"Não adianta você fazer discurso bonito, apelativo, 'eu sou pai dos pobres' e depois colocar lenha na fogueira da inflação. Então eu vejo aí uma certa contradição e me preocupa muito. O Brasil está com as suas contas públicas muito ruins e se nós não tomarmos cuidado é só questão de tempo para nós repetirmos aquele desastre que foi em 2015 e 2016. Recessão, inflação alta e muito desemprego. Três milhões, lembrando aqui, perderam seus empregos naqueles dois anos. E nós estamos plantando exatamente o mesmo jardim com a mesma receita", criticou Zema em entrevista à CNN.

 

 

Boa relação com Lula

 

"Eu já estive com o presidente em Brasília, duas, três vezes, ele já foi a Minas, esteve comigo também. O que nós não temos em comum são propostas. Ele acredita no Estado solucionador de todos os problemas. Eu acredito em um Estado mais eficiente, que precisa reduzir gastos", disse Zema.

 

 

Zema afirma que a gestão do presidente Lula é contraditória, pois o Brasil tem "batido recordes de gastos, um atrás do outro". 

 

"O Brasil infelizmente tem batido recordes de gastos, um atrás do outro, isso sinaliza que dificilmente nós vamos ter taxas de juros civilizadas e nós vamos ter uma inflação pequena, porque se o estado não for eficiente, não gastar menor, quem vai pagar a conta é o mais pobre", completou.