Até a manhã desta terça-feira (30/7), presidente Lula ainda não havia se pronunciado sobre o pleito -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR - 30/05/2023)

Até a manhã desta terça-feira (30/7), presidente Lula ainda não havia se pronunciado sobre o pleito

crédito: Ricardo Stuckert/PR - 30/05/2023

Parlamentares da oposição têm utilizado a posição do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a eleição na Venezuela para criticar o líder petista. Até a manhã desta terça-feira (30/7), o governo brasileiro ainda não havia se pronunciado sobre o pleito. No entanto, o PT, em nota, declarou que o processo eleitoral que elegeu Nicolás Maduro no domingo foi uma "jornada pacífica, democrática e soberana".


Com Nicolás Maduro declarado vencedor do processo eleitoral, o resultado está sendo questionado por opositores e por países que duvidam da legitimidade do pleito. No texto divulgado na noite dessa segunda-feira (29/7), o PT cumprimentou o povo venezuelano pela eleição e declarou ter certeza que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontou a vitória de Maduro, "dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela".

 

 

Nas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos parlamentares que criticou o posicionamento do PT. "Afirmaram que houve uma jornada pacífica democrática e soberana e chamaram um ditador de presidente. Este é o PT", escreveu o deputado mineiro.

 

 

O senador Sergio Moro (União-PR) também endossou críticas à sigla, além de citar o presidente Lula. "A vergonhosa nota de apoio do PT ao tirano de Caracas e à fraude eleitoral contra o povo da Venezuela confirma os piores receios de que o partido de Lula oferece riscos à democracia", disse.

 

Já Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o posicionamento deixa claro que Lula e o PT não é a favor da democracia. "Não é possível que ainda tem gente acreditando que PT e Lula defendem a democracia…", disse o senador.

 

Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), o posicionamento do PT indica que o partido "apoia ditaduras sanguinárias e repressoras". O parlamentar também cobrou um posicionamento do presidente Lula.

 

 

 

A exigência de um posicionamento também foi cobrada pelo ex-secretário de Comunicação do Governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten. "Estarrecedor o silêncio do Governo que se diz protetor da democracia. Absurda e insultante a nota do PT", escreveu.

 

 

 

Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que irá propor a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Senado com urgência em razão da "omissão e do silêncio" do governo federal. "Diante da omissão, do silêncio, da conivência e da falta de reação perante o novo golpe perpetrado por Maduro em sua ditadura na Venezuela, vamos propor a convocação do ministro das Relações Exteriores no Senado com urgência. Para tentar explicar o inexplicável", escreveu.