Onlookers check the car in which three sons of Hamas leader Ismail Haniyeh were reportedly killed in an Israeli air strike in al-Shati camp, west of Gaza City on April 10, 2024, amid the ongoing conflict between Israel and the Palestinian Hamas militant group. Qatar-based Ismail Haniyeh said his three sons and "some of" his grandchildren had been killed in the strike in an interview with Al Jazeera. The strike came as talks in Cairo aimed at a ceasefire and a hostage release deal dragged on without signs of a breakthrough. Israel did not immediately comment on the strike. (Photo by AFP)
       -  (crédito:  AFP)

Onlookers check the car in which three sons of Hamas leader Ismail Haniyeh were reportedly killed in an Israeli air strike in al-Shati camp, west of Gaza City on April 10, 2024, amid the ongoing conflict between Israel and the Palestinian Hamas militant group. Qatar-based Ismail Haniyeh said his three sons and "some of" his grandchildren had been killed in the strike in an interview with Al Jazeera. The strike came as talks in Cairo aimed at a ceasefire and a hostage release deal dragged on without signs of a breakthrough. Israel did not immediately comment on the strike. (Photo by AFP)

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) condenou, nesta quarta-feira (31/7), o ataque israelense que matou o líder máximo do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital do Irã, em Teerã. Segundo o Itamaraty, a ofensiva violou a soberania territorial do Irã e contrariou princípios da Carta das Nações Unidas.

 

O governo brasileiro também pediu "máxima contenção" às partes envolvidas para evitar a escalada do conflito no Oriente Médio. O Irã prometeu retaliar Israel pelo ataque, o que pode escalar o conflito na região.

 

 

"O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio", disse a chancelaria brasileira.

 

 

"Tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns", acrescentou.

 

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Segundo o Itamaraty, uma escalada pode levar a um conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis. Além de pedir moderação ao Irã e a Israel, o ministério também pediu para que a comunidade internacional também se mobilize para evitar o agravamento das hostilidades. 

 

Ataque aéreo

 

Ismail Haniyeh era chefe do Escritório Político do Hamas, grupo fundamentalista baseado na Palestina e que está em guerra com Israel após ataque terrorista que matou 1.200 israelenses, no ano passado. Ele foi morto em sua residência em Teerã, capital do Irã, por um ataque aéreo de Israel.

 

Horas antes, Haniyeh participou da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masud Pezeshkian, também em Teerã. O vice-presidente brasileiro e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também esteve na solenidade e apareceu em imagens a poucos metros do líder do Hamas. Eles não conversaram.