A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (4/7), no inquérito que investiga a venda ilegal de joias no exterior. O ex-presidente é suspeito dos crimes de apropriação de bem público, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Todos negados por ele. 


O advogado dele, Paulo Cunha Bueno, disse que não se manifestará neste momento por não ter acessado o ofício enviado pela PF. Também foram indiciados: Bento Albuquerque, José Roberto Bueno Júnior, Julio Cesar Vieira Gomes, Marcelo da Silva Vieira, Marcos André dos Santos Soeiro, Mauro Cesar Barbosa Cid, Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, Marcelo Costa Câmara, Mauro Cesar, Lourena Cid e Osmar Crivelatti.

 



 

A Polícia Federal investiga se Bolsonaro e seus, então assessores, se apropriaram, indevidamente, das joias recebida pelo político enquanto ele exercia o cargo de presidente. Entre elas está um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. Elas foram entregues a ele em uma viagem oficial à Arábia Saudita, ainda em outubro de 2019. 

 

O relatório final com conclusões e detalhes foi enviado a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, que encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

 


Quais são os próximos passos?


Com o relatório em mãos, a PGR avalia as provas colhidas na investigação e decide se o material é suficiente para denunciar o indiciado, se pede o arquivamento do caso ou se pede mais investigações à PF.

 

Assim, com a análise dos resultados pela PGR, poderá ser decidido se há evidências suficientes para o indiciamento ou se novas diligências serão necessárias.


Se a denúncia for a opção, a PGR pode retirar ou atribuir itens à lista de crimes veiculados ao indiciado e, assim, o STF decidirá se manda arquivar, torna os acusados réus ou envia os casos à primeira instância.

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos

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