A presença do clã Bolsonaro no litoral norte de Santa Catarina, que transformou a cidade de Balneário Camboriú num reduto da extrema-direita no país, tem ao menos um opositor nas Câmaras municipais de 11 cidades da região. O vereador Eduardo Zanatta, do PT, que não tem relação de parentesco com a deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC), é o único de um partido de esquerda nesses legislativos locais.

 

 

Zanatta é vereador em Balneário Camboriú e irá tentar a reeleição disputando, entre outros, com Jair Renan, o filho "04" de Bolsonaro. Para o petista a presença dos bolsonaristas na cidade e região é movida por oportunismo político e usa o termo "parque de diversões". "Lamentável a postura da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vê a cidade apenas como seu parque de diversões, após seu governo não ter realizado qualquer investimento em Balneário Camboriú", disse Eduardo Zanatta ao Correio.

 

 

A presença de Jair Renan na cidade, que ocupou por um tempo o cargo de assessor do senador Jorge Seif (PL-SC) na cidade, lotado em seu gabinete, é também uma jogada política, na opinião do político.

 

 

"Agora, o filho mais novo cai de paraquedas por aqui e quer concorrer a vereador sem conhecer a cidade, muito menos a realidade da população. Não conhece as ruas ou os bairros da cidade, mas a família dele quer nacionalizar a eleição municipal e usar Santa Catarina como terceiro estado para os filhos brincarem de fazer política, como plataforma para o Congresso Nacional em 2026. É esse o jogo deles", disse Zanatta.

 

 

As pretensões políticas de Renan vão além. Agora, em 2024, será um puxador de votos para eleger uma bancada conservadora e de direita na Câmara da cidade. Ele deve sair candidato a deputado federal em 2026, pelo mesmo estado. Zanatta critica essa postura.

 
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