Presença mais aguardada na Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac),em Balneário Camboriú (SC), o presidente da Argentina, Javier Milei, discursou no final da tarde deste domingo e, ao contrário de expectativas, evitou ataques ao governo e ao próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recebido no palco com gritos da plateia de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", Milei não aderiu ao coro.
O presidente argentino começou com um relato histórico do que entende ser o fracasso do socialismo na América Latina. Chamou a Venezuela de ser uma ditadura sanguinária e citou ainda Cuba e Nicarágua. Ele fez uma citação ao nome de Jair Bolsonaro, que estava sentado no palco, e o colocou como um ex-presidente alvo de violações das regras constitucionais e que é perseguido, sem entrar em detalhes.
O líder do país vizinho usou boa parte de seus vinte minutos para falar do fracasso do socialismo, regime que apresenta um início de sucesso mas que na sequência leva o povo à pobreza e beneficia amigos.
"Nos últimos vinte anos, o socialismo mostrou uma série de denominadores comuns e que se constituem na receita de desastre econômico, social e político. Não é mera coincidência. É notável. Começa com uma bonança econômica e preços internacionais de commodities em alta. A economia cresce num primeiro momento, aumenta o poder aquisitivo, o Banco Central acumula reservas. Mas não é eterno. Logo aumentam os gastos públicos. E o que fazem? Aumentam as tarifas e impostos. A bonança é fictícia", disse Milei.
O presidente criticou a censura e o que chamou de regulação da palavra e disse que a "liberdade de expressão é um valor fundamental da democracia".
"Não sabem nos derrotar e proíbem a circulação de ideias que não gostam".