O ex-vereador de Ipatinga Wanderson Gandra (eleito pelo antigo PSC) foi condenado por 'rachadinha' após uma denúncia feita pelo Ministério Público. Também foram condenados o então chefe de gabinete e um assessor parlamentar.
Segundo o MP, o ex-parlamentar da cidade localizada no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, exigia que todos os servidores comissionados indicados por ele para trabalhar na Câmara Municipal de Ipatinga lhe entregassem parte da remuneração, esquema popularmente conhecido como 'rachadinha'.
Na condenação, a Justiça arbitrou uma multa de R$ 50 mil a Gandra. Além disso, teve os direitos políticos suspensos por cinco anos. O chefe de gabinete e o assessor também vão ter que pagar multa e tiveram os direitos políticos suspensos.
Durante investigações foi apurado que o então vereador realizava reuniões com todos os assessores lotados no seu gabinete e com servidores comissionados da Câmara Municipal que haviam sido indicados por ele, recolhendo parte da remuneração, cujo valor ele estipulava, sob ameaça de exoneração. Os próprios servidores testemunharam e detalharam os valores que repassavam a ele, os quais serviriam para abastecer dois fundos, o de ‘gabinete’ e o de ‘campanha’.
Ainda de acordo com as apurações, o chefe de gabinete participava e articulava o esquema, enquanto o assessor atuava intimidando os servidores para a continuidade da prática ilícita.
Gandra foi vereador em Ipatinga entre 2017 e 2019. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do ex-parlamentar. O espaço segue aberto.