O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou quatro pessoas por habilitarem chips de celular em nome da prefeita de Uberaba e pré-candidata à eleição, Elisa Araújo (PSD).
O ex-vereador Thiago Mariscal dos Santos, o diretor da Câmara Municipal, Rodolfo Natalio Araújo de Souza e os empresários Leonardo Pereira Alves e Vinícius Andrade Martins foram acusados pelo MPMG de associação criminosa, falsidade ideológica e difamação.
Na denúncia, o promotor Criminal e Defesa dos Direitos Humanos, Laércio Conceição Lima, pediu a condenação dos quatro, além do pagamento de 500 salários mínimos em danos morais para a prefeita.
Segundo informações da denúncia do promotor, Rodolfo Natálio e Leonardo Alves publicaram e divulgaram vídeos em redes sociais com matérias e comentários, de forma negativa, vinculando-os à prefeita, que procurou a Polícia Civil em novembro de 2023 para registrar a suspeita de apropriação de seus dados.
Também consta na denúncia do MP que após habilitarem as linhas telefônicas e criarem e-mail, Rodolfo e Leonardo forneceram informações falsas às empresas de telefonia, sendo que a intenção seria a divulgação de conteúdos difamatórios contra a prefeita Elisa de forma a prejudicá-la no processo eleitoral deste ano.
O promotor relatou na denúncia que os acusados participavam em grupos de WhatsApp para promoverem o ex-vereador Thiago Mariscal dos Santos.
"Os números telefônicos habilitados ilegalmente foram colocados na função de administrador dos grupos e também utilizados para postagens contra a prefeita nas redes sociais (...) Mariscal teve efetiva participação na prática do crime de falsidade ideológica, na condição de mandante", dizem outros trechos da denúncia.
"Sou totalmente inocente"
Por meio de nota, o ex-vereador Mariscal disse que respeita o trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público, mas segundo ele, a denúncia do MP "não tem nexo e nem materialidade".
Já o empresário da construção civil e ex-candidato a vereador, Vinícius Andrade Martins, disse que vai procurar a reportagem quando tiver um parecer sobre a denúncia.
O Estado de Minas procurou os outros dois acusados, mas não obteve resposta.