O presidente Lula criticou fortemente o governo de Israel pelo bombardeio que ocorreu ontem em um campo de deslocados no sul da Faixa de Gaza. O petista disse que a atitude do país do Oriente Médio “é inadmissível”. O ataque resultou na morte de 92 pessoas e outras 300 ficaram feridas.

 

“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível”, escreveu Lula nas redes sociais.

 



 

O chefe do Palácio do Planalto também endossou que “é estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino”. “Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, reforçou o petista.

 

A ofensiva realizada ontem teve como objetivo assassinar Muhammad Deif, líder militar do Hamas, que é apontado por Israel como o mentor dos ataques de 7 de outubro. A investida também visou atingir Rafa Salama, comandante das brigadas do Hamas, em Khan Younis.

 

 

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, chegou a dizer em entrevista coletiva à imprensa, realizada ontem, que não tinha certeza se os alvos foram mortos. Mas neste domingo (14/07) o exército israelense confirmou a morte de Rafa Salama. Já Deif, de acordo com um dirigente do movimento islamista palestino, está vivo e supervisiona os passos do grupo.

 

No final do post, Lula destacou que os líderes políticos não podem se calar diante do bombardeio, que o classificou como massacre interminável. “O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”, finalizou o petista.

 

 

Por André Phelipe, especial para o Correio

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