O prefeito de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, Fabiano Feltrin (PL) aparece em vídeo ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerindo colocar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na guilhotina. Enquanto os apoiadores em volta riem, o ex-chefe do Executivo não reage e segue caminhando.

 

 

Bolsonaro e o prefeito visitaram nesta quinta-feira (25/7) o complexo turístico Stone Hall na cidade, onde foi homenageado com uma placa. Desde essa quarta-feira (24/7), o ex-presidente cumpre uma série de agendas no interior gaúcho visando divulgar candidatos de extrema-direita na região.

 



 

Feltrin, que é cover de Elvis Presley, ficou conhecido ao gravar e divulgar uma conversa com o ministro Paulo Pimenta (PT-RS), no período em que o estado foi atingido por fortes chuvas e enchentes, no vídeo ele alega estar recebendo poucos recursos do governo federal. Ele pergunta o que a cidade vai fazer com R$ 300 mil, ao que o petista diz que o valor é para ser usado em dois ou três dias, até que a prefeitura entre no plano de trabalho.

 

"Eu fiz questão de ligar para ele, de forma gentil, para saber se tinha alguma questão pendente, como estou fazendo com todos os prefeitos", respondeu Pimenta à época das imagens.

 

Ainda em eventos na Serra Gaúcha, Bolsonaro alegou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Polícia Federal (PF) estão impedindo que ele tenha acesso a carros blindados, seguranças particulares e a portar armas."Pela presidência eu tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou os dois carros blindados", disse o político.

 

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A Lei 6381/2008 determina que ao final do mandato, os ex-presidentes tenham direito a dois veículos oficiais com motoristas, sem nenhuma especificação de serem blindados. Além dE direito a quatro servidores para segurança e apoio pessoal. A legislação anterior que tratava do tema, de 1994, também não previa o uso de veículos blindados por ex-presidentes.

 

Bolsonaro também reclamou que a PF não renovou o porte de armas do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. No pedido, o filho 02, como é enumerado pelo pai, alegou estar sob constante ameaça por ser filho do ex-presidente e apresentou três boletins de ocorrência para embasar. Entretanto, o juiz considerou a argumentação de Carlos Bolsonaro com base no dispositivo da lei 10.826/2003 trata sobre aquisição de armas e não de porte e que cabe ao requerente provar a necessidade.

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