Em pronunciamento feito na noite deste domingo (28/7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai levar a proposta de taxação dos “super-ricos”, uma das principais bandeiras defendidas pelo chefe de Estado neste mandato, para o G20, fórum de cooperação econômica internacional.


“Para tornar o mundo mais justo, estamos levando para o G-20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países”, declarou em rede nacional. No ano passado, Lula assinou uma medida provisória que mudou as regras de tributação para aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior e prevê a taxação de 15% a 20% sobre os rendimentos dos fundos exclusivos, conhecidos no mercado como os fundos dos “super-ricos”


Agora, a gestão de Lula tenta costurar uma proposta a nível internacional para implementar um imposto global da riqueza bruta de bilionários. Estimativas apontam que o tributo arrecade em torno de US$ 250 bilhões anualmente. A ideia, no entanto, ainda enfrenta a resistência de algumas das principais economias do planeta — como os Estados Unidos e a Alemanha.

 




Responsabilidade fiscal


Em seu pronunciamento nesta noite, além de um balanço das ações de seu governo, que completou um ano e meio, Lula ainda disse não abrir mão da responsabilidade fiscal. “Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais”, declarou.

 

O chefe de Estado também destacou que a reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional contribuirá para a redução dos preços dos alimentos e fez questão de mencionar a carne.

 

Embora a carne tenha sido desonerada na regulamentação da reforma, essa decisão gerou controvérsias internas no governo, com o Ministério da Fazenda tentando bloquear a mudança.

 

Lula iniciou o discurso com uma crítica à gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), sem mencionar seu nome, por ter deixado “o Brasil em ruínas” e por ter “espalhado armas ao invés de empregos”. Na sequência, o presidente comparou a situação atual com o período de seu segundo mandato, mencionando o crescimento econômico, a redução da fome e o fortalecimento de programas sociais. 

 

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