As convenções partidárias entram no último final de semana ainda com uma série de indefinições. Cinco partidos que terão candidatos na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte se reúnem no fim do prazo - 5 de agosto - para confirmar o nome que estará nas urnas, faltando pouco mais de dois meses para o primeiro turno, em 6 de outubro. As chapas e coligações confirmadas devem ser registradas na Justiça Eleitoral até 15 de agosto.
A começar pelo Republicanos do deputado estadual Mauro Tramonte, líder das primeiras pesquisas eleitorais. A legenda é a única a se reunir hoje e uma das poucas que ainda não anunciou um vice para compor a chapa como vice do parlamentar e apresentador de televisão. O nome mais cotado é o da ex-secretária de Planejamento e Gestão do Governo de Minas Gerais Luísa Barreto (Novo).
Na última quarta-feira, Tramonte se reuniu com o governador Romeu Zema (Novo) e com Luísa, até então pré-candidata do Novo, para encaminhar o acordo. Fontes ouvidas pela reportagem no dia confirmaram que a chapa estava formada e contava com a aprovação das lideranças dos dois partidos. A convenção do partido de Zema está marcada para amanhã e a expectativa é de que os candidatos participem juntos dos dois eventos.
Luísa Barreto era um nome cobiçado para compor a aliança dos partidos de direita, uma vez que garantiria o apoio do governador. Contudo, ela foi relutante em aceitar o cargo de vice e fez vídeos criticando as especulações. Especialista em políticas públicas e gestão governamental, ela foi exonerada do cargo em junho com o intuito de ser candidata a prefeita. Na última eleição ela foi cabeça de chapa pelo PSDB, mas recebeu apenas 1,39% dos votos.
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Também neste domingo, o Podemos marcou sua convenção na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para confirmar a candidatura do senador Carlos Viana e do seu candidato a vice, o empresário Fred Aisc, do Democracia Cristã (DC). A candidatura do parlamentar recebe apoio do grupo político chamado de “Família Aro”, que envolve deputados e vereadores ligados ao secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), um dos principais articuladores de chapa para a Câmara Municipal de Belo Horizonte. Pela aliança, Viana também abriu espaço para Castellar Neto (PP), braço direito de Aro, assumir a cadeira de senador. De acordo com a legislação eleitoral, o parlamentar não precisava se licenciar do cargo em Brasília.
O maior impasse até o momento está na esquerda. Em determinado momento da pré-campanha havia quatro nomes que tentavam o protagonismo desse lado da cidade: as deputadas estaduais Bella Gonçalves (Psol) e Ana Paula Siqueira (Rede), a deputada federal Duda Salabert (PDT) e o deputado federal Rogério Correia (PT). Com o avançar das articulações, as duas primeiras abriram mão da cabeça de chapa para apoiar o petista.
A disputa que sobrou, entre Salabert e Correia, deve manter a esquerda fragmentada no primeiro turno. As candidaturas são fundamentadas no aval das principais lideranças partidárias, mas nenhum dos pré-candidatos anunciou um candidato a vice.
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Confirmações
As convenções que já foram realizadas durante o período que começou no dia 20 de julho oficializou três candidatos, incluindo a confirmação do deputado estadual Bruno Engler (PL) em chapa pura com a coronel Claudia Romualdo (PL). O prefeito Fuad Noman foi referendado pelo Partido da Social Democrático (PSD), mas viu um dos principais cabos eleitorais deixar a legenda poucos dias depois. O ex-prefeito Alexandre Kalil trocou a agremiação pelo Republicanos e vai apoiar a candidatura de Tramonte.
Contudo, a campanha à reeleição de Fuad é a mais avançada. O prefeito já anunciou a coligação com o apoio do Partido Renovação Democrática (PRD), do Solidariedade, do Avante, o Agir e do União Brasil. A última sigla indicou o vereador Álvaro Damião para ser o vice da chapa. A aliança forma uma espécie de frente ampla de centro e vai garantir a Fuad um dos maiores tempos de propaganda na televisão.
A chapa liderada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo (MDB), também já foi confirmada em convenção. O parlamentar terá como número dois o ex-vice-governador Paulo Brant (PSB). Todavia, o cenário pode ser alterado em caso de concretização de aliança com o PSDB: os tucanos pretendem lançar o ex-deputado estadual João Leite na disputa em chapa formada com o Cidadania, mas ainda se envolvem em negociações para possível apoio a Fuad ou Azevedo.