João Leite (PSDB), Fuad Noman (PSD) e Paulo Abi-Ackel (PSDB) bateram o martelo sobre o apoio tucano na campanha de reeleição do prefeito -  (crédito: Tiago Pena/Divulgação)

João Leite (PSDB), Fuad Noman (PSD) e Paulo Abi-Ackel (PSDB) bateram o martelo sobre o apoio tucano na campanha de reeleição do prefeito

crédito: Tiago Pena/Divulgação

A federação formada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Cidadania definiu que participará da corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte ao lado do atual prefeito Fuad Noman (PSD). Os tucanos chegaram a incluir o nome do ex-deputado estadual João Leite como pré-candidato ao Executivo, mas decidiram por se aliar a outra chapa na disputa.


O apoio dos tucanos era disputado entre o PSD e o MDB, que tem no presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo, seu nome na disputa. Apesar das negociações para conseguir incluir PSDB e Cidadania entre os aliados, tanto o atual prefeito quanto o vereador já têm vices definidos dentro de suas próprias coligações: o primeiro com Álvaro Damião (União Brasil) e o segundo com Paulo Brant (PSB).


 

O acordo foi firmado nesta segunda-feira (5/8) após reunião entre o prefeito, João Leite e o presidente do PSDB em Minas Gerais, o deputado federal Paulo Abi-Ackel.


 

Em nota enviada à imprensa, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) formalizou o apoio à recondução de Fuad ao Executivo. O parlamentar recordou a parceria firmada com o atual prefeito da capital no período em que ele era governador de Minas Gerais.


“Tive a satisfação de, em 2003, convidá-lo a retornar a Minas para assumir a Secretaria da Fazenda do Estado e, depois, a Secretaria de Obras nos dois Governos que tive a honra de liderar em Minas. Conheço, portanto, sua seriedade e capacidade de trabalho e reconheço em sua equipe, além de muitos auxiliares que nos ajudaram a transformar Minas, uma enorme disposição de seguirem servindo a Belo Horizonte e a Minas Gerais”, disse. 


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No sábado, Fuad pediu publicamente o apoio de PSDB e Cidadania em publicação feita em seus perfis nas redes sociais. Ele afirmou que a chegada dos partidos no suporte de sua campanha seria um movimento natural devido a seu passado nas gestões tucanas à frente do estado. O atual prefeito da capital foi secretário da Fazenda no primeiro mandato de Aécio Neves e secretário de Transportes e Obras Públicas no governo de Antonio Anastasia.


“Voltei a Minas por um convite pessoal do governador Aécio Neves, para fazer parte de sua equipe de governo. Considero os governos tucanos os mais transformadores da história de Minas Gerais. Tenho orgulho do legado que ajudei a construir na Educação, que foi a melhor do Brasil, na Saúde, na Infraestrutura e na gestão profissional e de qualidade”, disse o prefeito no texto. 

 

Pedido decisivo


À reportagem, o presidente do PSDB mineiro, Abi-Ackel afirmou que a carta pública divulgada por Fuad foi o fator preponderante para a confirmação do apoio. Segundo o deputado, houve reuniões anteriores com o prefeito, mas a consolidação veio após a exposição do desejo de Fuad de contar com os tucanos no grupo dos que apoiam a manutenção na liderança do Executivo da capital.


“Não vou negar que o apelo público dele foi algo que nos deixou mais dispostos a avaliar a possibilidade de apoiarmos a candidatura. Uma manifestação assim é algo pouco comum na política atual”, disse o deputado.


Ainda segundo Abi-Ackel, o apoio do PSDB é unilateral e não foram feitas reivindicações de contrapartidas por parte da coligação de PSD e União Brasil, que formam a chapa encabeçada por Fuad. João Leite não deve ocupar nenhum cargo de campanha. O presidente estadual da sigla disse que não foram costuradas estratégias para a participação dos nomes mais fortes da legenda na campanha de reeleição, mas que não vê problemas em compor palanque ao lado de nomes como o próprio João Leite e Aécio Neves.


“Não há uma definição clara sobre como será feito apoio, mas não teria problema nenhum de estar com eles e a orientação do partido aos candidatos a vereador é que nosso apoio para a prefeitura é de Fuad. Vamos vestir a camisa dele, não vamos mergulhar de meio corpo, vamos de cabeça”, garantiu Abi-Ackel.


Cenário mais nítido


À medida em que se aproxima o dia 15 de agosto, prazo para registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, as chapas que se alinham para a corrida pela PBH se definem. Com o movimento de PSDB e Cidadania, além da chapa de Fuad com Damião, cristaliza-se a combinação entre Gabriel Azevedo (MDB) e Paulo Brant (PSB).


 

Os últimos dias também marcaram a construção das chapas formadas por Rogério Correia (PT) e Bella Gonçalves (Psol); Duda Salabert (PDT) e Francisco Foureaux (PDT); Bruno Engler (PL) e Coronel Cláudia (PL); e Mauro Tramonte (Republicanos) com Luísa Barreto (Novo).