Valores variam entre R$ 15 milhões e R$200 -  (crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO)

Nos primeiros registros de candidaturas em BH já é possível notar várias disparidades entre os patrimônios

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As primeiras candidaturas em Belo Horizonte começaram a ser registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre os nomes inscritos para a prefeitura estão os de Fuad Noman (PSD), que busca a reeleição, e Indira Xavier (UP). O que chama a atenção é a diferença entre os valores declarados pelos dois: enquanto o prefeito de BH registrou mais de R$ 15 milhões em bens, a candidata do União Popular tem apenas R$ 592,97 depositados em um banco.

 

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No caso do candidato do PSD, Fuad declarou R$ 15.929.716,49 em bens, incluindo mais de R$ 180 mil em dois veículos automotores. O restante dos investimentos está dividido entre aplicações financeiras e quotas de capital.

 

O valor é quase idêntico ao registrado nas eleições passadas, em 2020, quando ele foi candidato a vice na chapa do ex-prefeito Alexandre Kalil. Na época, ele declarou R$ 15.691.848,94 em bens, com a maior parte desses valores divididos entre imóveis em Belo Horizonte e no Guarujá, em São Paulo.

 

Indira, por sua vez, aumentou seu patrimônio em quase cinco vezes desde a última eleição. Em sua primeira candidatura, em 2006, à deputada estadual, ela havia declarado R$ 0. Desde então, foi candidata em 2010 para o mesmo cargo e, em 2022, para governadora. Neste pleito, declarou ter R$136.

 

O vice da candidata, Geraldo Neres (UP), informou à Justiça Eleitoral que possui R$ 259.006,39 em bens. O principal ativo é um terreno em Belo Horizonte avaliado em R$ 180 mil. Além disso, Neres possui um Fusca 1979, no valor de R$ 12 mil.

 

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Quanto aos postulantes ao Legislativo de BH, dos 41 vereadores atualmente eleitos, apenas quatro fizeram seus registros para as eleições. O prazo para todos os nomes serem notificados ao TSE é 15 de agosto.

 

O vereador Álvaro Damião (União-Brasil), que não concorre à reeleição, mas ao cargo de vice na chapa de Fuad Noman, declarou ter R$ 1.714.092,27. O valor está dividido entre imóveis e uma empresa de comunicação, da qual o jornalista é proprietário. Em 2022, na última eleição em que concorreu ao cargo de deputado estadual, ele tinha R$ 668.877,74.

 

Braulio Lara (Novo) declarou possuir R$ 1.996.000,00, valor quase idêntico ao da eleição de 2020, quando tinha R$ 1.500.000,00. Por outro lado, Fernanda Altoé (Novo) declarou ter R$ 3.009.353,30, com a maioria desse valor investido em um imóvel. Em 2020, quando foi eleita, declarou R$ 1.768.900, aumentando seu patrimônio em mais de R$ 1 milhão.

 

Quem também registrou candidatura à reeleição foi Wagner Porto (PRD), que declarou ter R$ 519.761,38 em bens. O maior valor está em um carro da montadora Toyota, avaliado em R$ 110 mil. Em 2020, ele declarou um patrimônio de R$ 612.788,29.

 

Nomes curiosos

Além dos valores dos bens registrados pelos candidatos, também chamaram a atenção os nomes escolhidos para aparecer na urna. Entre samurais e vovós, os eleitores de Belo Horizonte devem tirar boas risadas ao escolherem seus vereadores.

 

Alaíde Obrigada de Nada (PSDB-Cidadania) não registrou seus bens, mas já deixou sua marca registrada. O mesmo aconteceu com Catatau do Povo (PRD) e Edna Vovó Maluka (PSDB/Cidadania).

 

Quem também chamou atenção foi o candidato Jacaré (Novo), que declarou possuir apenas um Ford Ka no valor de R$ 42 mil. Já Samurai (PRD) registrou uma Mercedes-Benz avaliada em R$ 55 mil, um valor bem abaixo do mercado, mesmo para um carro usado.

 

Também houve candidatos que resolveram usar nomes semelhantes aos de artistas. A candidata pelo UP, Mari Fernandes, que compartilha o nome com a artista nordestina, declarou à Justiça Eleitoral ter apenas R$ 286,69. Por outro lado, Motoloko (PSDB/Cidadania) fez jus ao apelido e declarou possuir apenas uma moto, avaliada em R$ 13 mil.