Kalil ainda disse que o governo Lula tem um

Kalil ainda disse que o governo Lula tem um "monte de problema"

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

Pivô de uma das principais movimentações da pré-campanha eleitoral de Belo Horizonte, o ex-prefeito Alexandre Kalil afirma não ter procurado nenhum concorrente ao Executivo da cidade antes de formalizar seu apoio ao deputado Mauro Tramonte (Republicanos) na disputa. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, ele disse ter sido consultado por quase todos os nomes que hoje pleiteiam o governo da capital mineira, mas não tomou a iniciativa de fazer contato com nenhum nome ou legenda.


Kalil ainda disse que o atual prefeito e seu ex-vice Fuad Noman (PSD) foi quem mais o procurou. Reeleito em 2020, o ex-presidente do Atlético deixou o cargo dois anos depois para tentar concorrer ao Governo de Minas. Após a malograda tentativa, ele se afastou tanto de seu partido como da gestão comandada por seu suplente, a quem reserva uma série de críticas.


 

“Eu não tive iniciativa de me reunir com ninguém. Eu não procurei ninguém. O candidato que mais pediu reunião comigo foi o prefeito de Belo Horizonte. Foram três ou quatro e, na oportunidade, eu falei com ele que meter a motosserra nas árvores todas não vai dar certo para ter corrida de carro. Eu sou a favor da corrida de carro, mas tem que conversar com a universidade federal. Isso eu falei para ele na minha casa e com testemunhas. Falei que fazer ciclovia na Afonso Pena não dá, Prefeito. Temos que reconhecer que tem coisa que não dá. Não dá para entregar limpeza urbana para Deputado. Mas ele respondeu que tinha que ser assim e eu falei “então tá bom, toca o barco”. O candidato que mais me procurou foi o prefeito e eu fui procurado, com exceção de dois, por todos e não procurei nem candidato e nem partido”, afirmou. 


O ex-prefeito comentou pontos específicos de sua ruptura com o sucessor e disse não ter sido consultado em nenhum momento da gestão de Fuad para temas alheios à campanha eleitoral. Kalil ainda ironizou os movimentos de Fuad em busca de alianças.


“Ele só me ligou em tom de campanha. Nunca me  deu um telefonema para trocar meio secretário, nem para mandar sete carguinhos que eu tinha lá de R$ 10 mil que foram pinçados só para me perseguir. Nunca me telefonou para mandar ninguém embora ou para pegar apoio de ninguém. O prefeito foi atrás da presidente da Câmara Nely Aquino (Podemos) e não conseguiu. Depois foi atrás do Gabriel (MDB) e também não conseguiu, virou tudo briga. Depois ele tentou Marcelo Aro (PP) e também não conseguiu; foi atrás do do PSD e parece que não entraram na campanha. Foi atrás do Kalil, também não conseguiu. Existe um mistério aí, não é? Nós temos que saber qual é”, disse.



Kalil deixou o PSD e partiu rumo ao Republicanos no fim de julho em movimentação inusitada. O ex-prefeito chegou ao partido de Tramonte para apoiar o deputado em chapa que tem como vice Luísa Barreto (Novo), ex-secretária de Planejamento e Gestão de Romeu Zema (Novo), seu algoz nas eleições de 2022. Leia a íntegra da entrevista no portal do Estado de Minas e assista em vídeo no YouTube do Portal Uai.